Embarcação de pesca que estava desaparecida foi localizada e tripulantes estão bem

A autoridade marítima recebeu um alerta durante a noite de quarta-feira. O navio foi entretanto localizado.

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Foto do Parma em Junho de 2013 João Carvalho / blog Porto de Sesimbra
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O navio-patrulha oceânico Viana do Castelo, mobilizado para esta operação Nelson Garrido/ Arquivo
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Foto do barco Parma em Agosto de 2016 Júlio Nobre / www.marinetraffic.com

A embarcação de pesca portuguesa que estava incontactável desde a noite de quarta-feira foi encontrada e todos os tripulantes estão bem de saúde. O Parma encontrava-se cerca das 20h a 168 milhas náuticas (311 quilómetros) a oeste de Peniche.

Contactado pelo PÚBLICO, o porta-voz da Marinha Fernando Pereira da Fonseca explica que o Parma sofreu danos no mastro de comunicações, o que fez com que não conseguisse contactar as autoridades para pedir ajuda ou divulgar a sua localização. “Quando não conseguimos comunicar com a embarcação tivemos de iniciar a operação de buscas”, refere o porta-voz da marinha. 

Segundo a mesma fonte, a embarcação terá saído de terra a 9 de Abril e planeava passar pelo menos 30 dias em alto mar na pesca do espadarte. O responsável acrescenta que a embarcação está a voltar a terra “pelos seus próprios meios” e que todos os tripulantes estão a salvo. 

O mesmo disse ao PÚBLICO José Festas, presidente da Associação Pró-Maior Segurança dos Homens do Mar, que acrescentou que a tripulação está a caminho de Peniche, onde deve chegar por volta das 6h de sexta-feira. O Parma, navio de pavilhão português, registado na Horta mas a operar a partir de Peniche, está a ser acompanhado na viagem de regresso por outro navio pesqueiro, o Avô Vianez

Emoção em Peniche

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Em terra, o silêncio no Clube Naval de Peniche foi, de repente, substituído pelo ruído alegre e gargalhadas. Bastou uma chamada a Paulo Cruz com a boa notícia: os tripulantes do barco que estava desaparecido desde quarta-feira foram encontrados sãos e salvos. 

Minutos antes, Salvador Ova, com 50 anos de pesca, dizia-se esperançoso de um desfecho positivo. São uma “boa tripulação” e o mestre é “responsável”. 

João Gomes, também pescador, trabalhou durante seis anos naquele barco. Quando soube da notícia ficou com lágrimas nos olhos. O barco “tem um casco duplo, para se afundar só se houvesse algum azar”.

Buscas desde a noite de quarta-feira

Desde as 23h50 (hora de Lisboa) da véspera que a Marinha Portuguesa realizava buscas a 518 quilómetros de Peniche para detectar o Parma, que tinha emitido um alerta. À Lusa, Fernando Pereira da Fonseca referiu que as ligações posteriores para entrar em contacto com a embarcação ocorreram “sem sucesso”.

Além de terem sido mobilizadas as embarcações que se encontravam na área marítima de Peniche, a Marinha mobilizou para o local uma corveta e os navios-patrulha oceânico Viana do Castelo ​e António Enes, sediados nos Açores.

Em comunicado, a Marinha Portuguesa diz que o alerta tinha sido recebido no Centro de Coordenação de Busca e Salvamento Marítimo de Ponta Delgada, “através da bóia transmissora do sinal de emergência”, que “indicou uma posição a cerca de 310 milhas náuticas (574 quilómetros) a oeste de Peniche”.​

Participaram nas buscas dois navios da Marinha, três navios mercantes e duas aeronaves C-295 da Força Aérea Portuguesa.

Perto do local onde o barco deu o alerta havia outra embarcação, que estaria a cerca de 7 quilómetros de distância. Segundo o portal de embarcações Vessel Finder, o Parma saiu de Peniche no passado dia 9. Com Lusa

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