Sporting agarra-se ao terceiro lugar

A jogarem com dez desde os 4’, os “leões” triunfaram na Vila das Aves e somaram a sexta vitória consecutiva.

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LUSA/JOSÉ COELHO
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Por culpa própria, o Sporting esteve em apuros na Vila das Aves, mas também conseguiu ter o sangue frio suficiente para sair vitorioso do confronto com o seu antigo treinador (e defesa-esquerdo e director desportivo) Augusto Inácio. Os “leões” sobreviveram a uma expulsão do seu guarda-redes titular aos quatro minutos e a um penálti cometido pelo suplente à passagem da meia-hora para arrancarem um triunfo por 1-3 frente ao Desportivo das Aves e consolidarem o terceiro lugar do campeonato, agora com uma vantagem de seis pontos em relação ao perseguidor Sp. Braga, que recebe no domingo o Tondela.

Não deve ser muito comum no futebol um jogador ser expulso sem tocar uma única vez na bola, mas foi o que aconteceu logo aos 4’. O lance parecia inofensivo q.b., uma bola atrasada na direcção da área “leonina”. Mathieu fez a cobertura e Renan foi placidamente tentar recolher a bola. Luquinhas, o rápido extremo do Aves, meteu-se entre os dois ganhou o controlo da bola e guardião brasileiro dos “leões” derrubou-o (fora da área). Renan foi expulso, Jovane foi sacrificado e entrou Salin para a baliza.

A inferioridade numérica do Sporting mudou o jogo por completo, quase que obrigando o Aves, que estava a jogar com cinco defesas, a atacar. Inácio não desfez a ideia inicial e Keizer deu ordens para a equipa estabilizar e esperar pela oportunidade. Não esperou muito tempo. Aos 24’, em mais um momento de grande clarividência de Bruno Fernandes, é o capitão a fazer um rápido lançamento de linha lateral para Acuña, e, depois de mais uma tabela entre os dois, é o argentino que encontra espaço para meter a bola na cabeça de Luiz Phellype, que a desviou para a baliza – foi o quarto golo do brasileiro, que já marca há três jogos consecutivos.

Mesmo a perder, ainda não era o momento para Inácio mexer na estrutura e nem precisou de o fazer de imediato porque o Aves chegou ao empate aos 32’ graças a mais um erro grosseiro dos “leões”. Abriu-se uma cratera na defesa “leonina”, Luquinhas voltou a ser rápido na desmarcação e Salin não conseguiu evitar o penálti. Na conversão do castigo, Falcão nivelou o marcador.

Mas os “leões” não demoraram muito a colocar-se de novo na frente, num golo que já mostra o pavor que Bruno Fernandes inspira nos adversários. Aos 42’, o “8” sportinguista avança para a marcação de um livre e um dos defesas avenses rapidamente recua para a linha de baliza. Só que a bola não vai para a baliza, vai para Coates, que a deixa para Wendel. O brasileiro dá o toque para Mathieu e a bola só acaba no fundo da baliza do compatriota Quentin Beunardeau.

Agora sim, o Desp. Aves tinha de arriscar. Inácio tirou um defesa (Ponck) e meteu um avançado (Varela), e a sua equipa atacou mais, mas sem provocar grandes alertas ao Sporting, que até foi quem criou as melhores oportunidades na segunda parte. Os “leões” foram-se aguentando sem grandes nervosismos e, aos 84’, foi Bruno Fernandes a sentenciar o jogo, com um cabeceamento certeiro após passe de Ristovski.

O Desp. Aves ainda respondeu com um remate longínquo de Derley aos 90’ que bateu Salin, mas Artur Soares Dias foi ver as imagens e assinalou falta do brasileiro sobre Coates no início da jogada. Ficou tudo na mesma. O Desp. Aves continua a precisar de pontos para permanecer na I Liga (pode sofrer várias ultrapassagens nesta jornada), o Sporting chegou à sua sexta vitória consecutiva e parece fresco de cabeça e de pernas para o que falta.

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