Balthus faz de nós voyeurs

Uma retrospectiva do pintor francês no Museu Thyssen em Madrid põe em destaque várias das suas pinturas com adolescentes. Continuamos à voltas com Thérèse porque não temos a certeza do que estamos a ver. Balthus ensina-nos muito sobre o lugar do observador. “Espero que a censura não seja a resposta às obras de arte com as quais não conseguimos lidar ou que nos fazem sentir desconfortáveis”, diz ao Ípsilon Michiko Kono, uma das curadoras da retrospectiva.

Foto
Não há uma sexualidade ou um erotismo muito expressos na obra de Balthus, defende a curadora; olhamos através de uma cortina: La Toilette de Cathy

Como se mostra a obra de Balthus depois da polémica que envolveu o Metropolitan Museum of Art de Nova Iorque com uma pintura que erotiza uma adolescente? Da mesma maneira que antes, afirma com convicção Michiko Kono, uma das curadoras da retrospectiva dedicada ao pintor francês que até ao final de Maio está no Museu Thyssen-Bornemisza, em Madrid: “Espero que a censura não seja a resposta às obras de arte com as quais não conseguimos lidar ou que nos fazem sentir desconfortáveis.”

Os leitores são a força e a vida do jornal

O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.
Sugerir correcção
Comentar