Liga Europa: surpresas, golo "sem querer" e Portugal atento ao ranking

Portugal com esperanças redobradas na luta do ranking UEFA: o Benfica perdeu, mas os russos não fizeram muito melhor. E há, ainda, a passagem do FC Porto a ajudar nas contas.

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Rennes festeja com os adeptos, depois da maior surpresa da noite. Reuters/STEPHANE MAHE

Depois de um sorteio da Liga Europa que colocou, em teoria, as oito equipas mais fortes frente às oito mais acessíveis, o futebol jogado contrariou a lógica. Pelo menos, no início da noite. Nesta quinta-feira, nos oitavos-de-final, Sevilha, Zenit e Arsenal vacilaram, nos jogos que começaram às 17h55, juntando-se ao Benfica como equipas de primeira linha em desvantagem na eliminatória. Por outro lado, as últimas partidas da jornada trouxeram as esperadas vitórias de Chelsea, Valência e Nápoles.

Em Espanha, ficou provado que, no futebol, nem sempre é preciso querer para conseguir marcar. Que o digam Daniel Carriço e André Silva, que viram o Sevilha empatar em casa, a dois golos, frente ao Slavia Praga, fruto de um lance totalmente fortuito a favor dos checos.

Na Andaluzia, o Sevilha até “entrou a ganhar”. Ben Yedder marcou logo no primeiro minuto do jogo, com Stoch e El Haddadi a construírem um 2-1 só alterado por um golo marcado “sem querer”. Alex Kral, defesa do Slavia, levou com a bola no ombro, após um canto, e, mesmo sem perceber, introduziu-a na baliza do Sevilha. Com este resultado, os espanhóis estão obrigados a marcar em Praga, na segunda mão, para poderem sonhar com um lugar nos quartos-de-final.

Arsenal e Zenit com “tarifa” mínima definida

Em França, o Arsenal pode queixar-se de si próprio. Entrou em campo com os “craques” Aubameyang, Ozil ou Mkhitaryan e um “onze” próximo do mais forte, mas a expulsão de Sokratis e o autogolo de Monreal colaboraram sobremaneira numa derrota aos pés do Rennes, por 3-1. Cortesia de Bourigeaud e Sarr, que dilataram um resultado que obriga os ingleses a marcarem, pelo menos, dois golos em Londres, na segunda mão.

Também 3-1 foi o resultado conseguido pelo Villarreal, “carrasco” do Sporting na última ronda. Em São Petersburgo, os espanhóis venceram o Zenit, que teve Luís Neto no banco. Iborra, Moreno e Morlanes marcaram para o “submarino amarelo”, enquanto Azmoun (quatro golos em quatro jogos pelo clube) fez o golo que ainda dá ligeiras esperanças à equipa russa, que terá de vencer em Espanha. Dois golos são a “tarifa” mínima, tal como à do Arsenal, ambas inferiores à do Dínamo Kiev. O Chelsea venceu por 3-0, em Londres, com “patrocínio” do espanhol Pedro e do brasileiro Willian.

Igualmente difícil é a tarefa de um Salzburgo que pretenda virar, na Áustria, o 3-0 sofrido em Itália, frente ao Nápoles. Milik e Fabian Ruiz trataram de resolver cedo – antes dos 20 minutos – um jogo que ainda teve um autogolo de Onguene, aos 58 minutos, após um cruzamento de Mário Rui. O resultado poderia ter sido bem mais dilatado.

Mais satisfeitos estão os russos do Krasnodar, que conseguiram ganhar uma “vida extra”. Em Valência, depois do bis do ex-Benfica Rodrigo, Victor Claessen reduziu, permitindo que o Krasnodar só precise de um golo, em casa, na segunda mão, para seguir em frente.

Por fim, nota para um resultado esperado. Eintracht Frankfurt e Inter Milão confirmaram a eliminatória equilibrada que se previa, empatando a zero na Alemanha. Gonçalo Paciência (que entrou aos 80 minutos), Luka Jovic, jogador ainda ligado ao Benfica, e Gelson Fernandes, ex-Sporting, bem podem agradecer ao guarda-redes Kevin Trapp que, com uma bela defesa, parou um penálti de Brozovic que poderia ter deixado os italianos com meio caminho feito até aos quartos-de-final.

Nota para o facto de esta noite europeia, com as equipas russas em desvantagem, dar a Portugal, em caso de passagem do Benfica, boas perspectivas de aproximação ao sexto lugar da Rússia no ranking UEFA.

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