Sporting começou com pressa mas demorou a chegar à tranquilidade

“Leões” receberam e bateram o Portimonense por 3-1, regressando aos triunfos no campeonato. Equipa de Marcel Keizer esteve a vencer por 2-0, tremeu e só no final da partida acabou com as dúvidas.

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Raphinha fez o segundo golo do Sporting LUSA/MANUEL DE ALMEIDA

Num jogo em que foi da tranquilidade ao susto e conseguiu acabar com relativa calma, o Sporting bateu o Portimonense (3-1) e manteve a perseguição aos lugares no pódio da I Liga. Depois de terem assistido ao triunfo do Benfica sobre o FC Porto e à vitória do Sp. Braga sobre o Rio Ave, os “leões” começaram bem, ameaçaram construir um resultado robusto, mas acabaram a passar por alguns sobressaltos antes de encerrarem definitivamente as contas. Mais uma grande noite de Bruno Fernandes (duas assistências e um golo) proporcionou o regresso aos triunfos no campeonato, após o empate frente ao Marítimo.

No reencontro com uma equipa da qual não guarda boas memórias (o último encontro, em Outubro, terminou com derrota por 4-2, na recta final do consulado de José Peseiro), o Sporting apostava no factor casa: historicamente, em 15 partidas frente aos algarvios somava outros tantos triunfos. E este Portimonense, apesar de ter assustado, não é o mesmo desde que ficou sem Nakajima. A equipa de Folha apresentou-se em Alvalade na pior fase da época (um ponto conquistado nos cinco jogos anteriores) e sem poder contar com o melhor marcador da equipa, Jackson Martínez, castigado.

Com um excelente início, os “leões” assumiram o controlo da partida e rapidamente se colocaram em vantagem no marcador. Diaby fez o 1-0 aos dez minutos, de cabeça, e no minuto seguinte foi Raphinha a marcar: lançado com espaço, o brasileiro acelerou pela direita e desferiu um remate indefensável. Dois golos e duas assistências de Bruno Fernandes, e em Alvalade parecia adivinhar-se uma noite tranquila para o Sporting.

Mas o Portimonense começou a equilibrar os acontecimentos e, depois de assustar Renan (remate de Aylton Boa Morte aos 21’) chegou mesmo ao golo: Gudelj deu espaço no meio-campo, a bola chegou na esquerda a Aylton Boa Morte, que fez o passe para Paulinho reduzir a diferença no marcador.

A partida continuou em ritmo vivo e até ao intervalo o resultado podia ter sofrido alterações para ambos os lados. O Sporting ameaçou aos 34’, num passe de Raphinha que Bas Dost deixou passar para Diaby, mas o maliano perdeu demasiado tempo e quando fez o remate já tinha um adversário à frente. Na resposta, os algarvios semearam o pânico na área “leonina” em duas ocasiões. Mathieu e Acuña desentenderam-se e perderam a bola para Paulinho, cujo remate foi travado por Renan. A sobra ficou para Wellington, cujo remate também esbarrou numa defesa extraordinária do brasileiro. E, já no período de compensação, uma verdadeira bomba de Lucas Fernandes acertou com estrondo na trave.

Após 45 minutos iniciais intensos, a velocidade baixou no segundo tempo, permitindo ao Sporting evitar sobressaltos de maior. E seriam os “leões” a ter as principais situações de golo, embora tenham pecado pela falta de eficácia. Diaby, de cabeça sem qualquer oposição, errou o alvo (51’). Bruno Fernandes, de frente para a baliza, não fez melhor aos 63’, e depois obrigou Ricardo Ferreira a fazer uma boa defesa (75’).

Seria aos 90’ que ficariam desfeitas todas as dúvidas. Num penálti que ele próprio tinha sofrido, Bruno Fernandes fez o 3-1 e manteve o registo caseiro dos “leões” frente ao Portimonense perfeito.

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