O regresso das competições europeias leva o Benfica à Turquia, para disputar a primeira mão dos 16 avos-de-final da Liga Europa. Na quinta-feira, frente ao Galatasaray (17h55, SP-TV1), os “encarnados” querem dar continuidade ao bom momento – quatro vitórias consecutivas, com destaque para a última, sobre o Nacional, por 10-0.

“Euforia? Porquê, por termos vencido o último jogo? Estamos a falar muito no último jogo, mas estamos numa sequência muito boa, vencemos duas vezes o Sporting, vencemos o Boavista. O mais importante é olharmos para o nosso trabalho, a nossa concentração é no nosso jogo, na nossa organização”, destacou o treinador Bruno Lage, na conferência de imprensa de antevisão da partida de quinta-feira.

Com três jogos já disputados desde o início de Fevereiro (e um total de sete jogados em Janeiro), o treinador do Benfica admitiu que não houve muito tempo para abordar a visita ao Galatasaray. “Nunca há muito tempo para treinar, a jogar de três em três dias. Mas o mais importante foi feito: analisámos bem o adversário e passámos tudo o que sabemos do adversário aos jogadores para incorporarmos na nossa estratégia. A perspectiva é que entremos amanhã com uma enorme confiança e jogar com a mesma qualidade com que temos jogado em Portugal”, vincou.

“O mais importante é o que conseguimos controlar, que é o nosso trabalho. Eu e a minha equipa técnica temos vivido isto com um orgulho enorme. [Estreia nas competições europeias] será um marco na minha carreira. Mas o mais importante é dar continuidade ao trabalho”, acrescentou Bruno Lage.

O técnico optou por não incluir na convocatória jogadores importantes como Pizzi, Jonas e Grimaldo. O motivo é a gestão do desgaste: “A época é longa, Janeiro foi um mês muito carregado, estamos envolvidos em três competições. E o plantel dá-nos garantias, toda a gente tem trabalhado de forma empenhada. Esses três jogadores ficaram em casa, mas sentimos que temos um plantel que nos dá imensas soluções.”

Questionado sobre a decisão do Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol de interditar o Estádio da Luz por quatro jogos por causa do apoio do Benfica a claques que não estão legalizadas, Bruno Lage disse que o assunto não afecta a equipa. “São coisas que não podemos controlar. O que eu controlo são outras coisas. Queremos muito jogar no Estádio da Luz, é a nossa casa. Mas se não houver o Estádio da Luz, jogamos noutro estádio. Os sócios estão connosco e enchem os estádios do país a apoiar-nos”, frisou.

Sobre o ambiente fervoroso que esperará o Benfica no recinto do Galatasaray, o técnico disse que é semelhante àquele que costuma haver no Estádio da Luz. “Já tive a oportunidade de assistir a jogos na Turquia, sei o que nos espera, mas temos de estar preocupados com aquilo que fazemos. Temos uma equipa experiente, com futebolistas internacionais. Os grandes jogadores gostam de jogar nestes ambientes. Perante uma grande equipa, um enorme treinador, um estádio fantástico, queremos jogar com a mesma qualidade”, concluiu Bruno Lage.