Sete mortos em novo ataque na província de Cabo Delgado, Moçambique

A população já não dorme na aldeia por receio de novos ataques, mas foi surpreendida quando dormia em acampamentos na mata.

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Cabo Delgado, Moçambique Manuel Roberto

Sete pessoas morreram e outras quatro foram raptadas num novo ataque nesta quinta-feira na província de Cabo Delgado, Norte de Moçambique, disseram hoje à Lusa fontes locais.

A população local, que não dorme na aldeia por receio de novos ataques, foi surpreendida quando dormia em acampamentos instalados agora na mata, segundo as mesmas fontes.

As vítimas foram decapitadas por um grupo não identificado que também raptou quatro mulheres e um jovem.

Desde Outubro de 2017 já morreram cerca de 150 pessoas, entre residentes, agressores e elementos das forças de segurança.

A onda de violência em Cabo Delgado (dois mil quilómetros a Norte de Maputo, junto à Tanzânia) eclodiu após um ataque armado a postos de polícia de Mocímboa da Praia por um grupo com origem numa mesquita local, que pregava a insurgência contra o Estado e cujos hábitos motivavam atritos com os residentes há pelo menos dois anos.

Depois de Mocímboa da Praia, têm ocorrido vários ataques que se suspeita estarem relacionados com o mesmo tipo de grupo, sempre longe do asfalto e fora da zona de implantação da fábrica e outras infraestruturas das empresas petrolíferas que vão explorar gás natural.

No entanto, a proximidade dos mais recentes ataques tem feito com que as obras estejam a decorrer com "segurança reforçada", disse à Lusa fonte da petrolífera Anadarko, que coordena os trabalhos na península de Afungi, distrito de Palma, Cabo Delgado.

 

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