Derrocada assustou habitantes na Tapada das Mercês

Habitantes de uma das maiores freguesias do país acordaram com um estrondo. Técnicos da autarquia garantem que a estrutura, concluída há apenas um mês, não oferece perigo.

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A construção estava assim antes do deslizamento de terra
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O aspecto da estrutura antes da derrocada DR
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Um deslizamento de terras aparentemente causado pela chuva e o vento forte causou na madrugada desta sexta-feira a derrocada de um talude na Tapada das Mercês, no concelho de Sintra. Um poste de iluminação também foi arrastado.

Habitantes daquela zona dizem ter ouvido um “grande estrondo” pelas 2h30. A construção em pedra, ligada a um grande muro entre o Cabeço da Fonte e a Rua José Malhoa, cedeu por completo. Apesar de estar perto de vários blocos de apartamentos e de o incidente ter motivado telefonemas para os bombeiros e a protecção civil, não há registo de feridos ou de danos materiais nas casas à volta.

Segundo fonte dos Bombeiros de Algueirão-Mem Martins, o deslizamento ocorreu devido à “má junção entre dois sistemas de estabilização do talude”. O incidente está a merecer a atenção de técnicos da Câmara Municipal de Sintra, que já garantiram aos bombeiros que “não há risco” de ocorrer mais deslizamentos em caso de mais chuva e vento forte.

O PÚBLICO sabe que esta estrutura em pedra começou a ser construída em Agosto, mas só teve conclusão entre Novembro e Dezembro, e que a via limítrofe já tinha cedido logo após obras, precisamente devido à chuva.

No início dos trabalhos, a Câmara de Sintra emitiu um comunicado, citado pela Sintra Notícias, a intervenção "consistiu no saneamento do talude, execução de um muro de gabiões e reabilitação do pavimento" e teve como objectivo "garantir a segurança de pessoas e bens”. O valor dos trabalhos teve um custo superior a 120 mil euros.

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Ao PÚBLICO, o responsável admitiu preocupação com aquela estrutura em caso de ocorrência de um sismo, afirmando que o talude pode “dar muitos problemas” a toda a zona habitacional.

Contudo, acrescentou que este e outros taludes construídos na zona têm sido alvo de vistoria da câmara de Sintra a cada seis meses. O PÚBLICO contactou a CM Sintra, mas ainda não obteve resposta a tempo útil. Já a protecção civil do mesmo concelho não quis fazer quaisquer comentários.

Vários distritos da costa ocidental de Portugal continental estarão esta sexta-feira, das 12h às 21h sob aviso vermelho, o mais grave, devido à previsão de agitação marítima. Até cerca das 10h, o mau tempo já tinha sido responsável por mais de 150 ocorrências em todo o país, incluindo quedas de árvores e de outras estruturas, pequenas inundações e deslizamentos de terras.

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