Soares não deixa ninguém aproximar-se do FC Porto

Três golos do avançado brasileiro no triunfo por 1-4 em Chaves a abrir a segunda volta do campeonato

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Marega e Soares, uma dupla que se entende na perfeição LUSA/JOSÉ COELHO

Depois de um ligeiro abrandamento a fechar a primeira volta, em Alvalade, o FC Porto voltou a acelerar na entrada para a segunda volta da Liga portuguesa, triunfando por 1-4 na casa do Desportivo de Chaves. As surpresas podem acontecer quando primeiro e último se encontram, especialmente quando o primeiro parece estar a abrandar e o último em fase de retoma, mas isso esteve bem longe de acontecer. À primeira oportunidade, o FC Porto marcou. E à segunda, também. E isso confere outra tranquilidade a quem tem um estatuto a defender e deixa o adversário com uma tremenda sensação de impotência.

Há muita coisa que funciona bem no FC Porto e isso faz com que a equipa seja à prova de mudanças pontuais, como a entrada de Pepe directamente para o “onze” e a deslocação de Militão para o lado direito — e a defesa portista ganha com isso, mesmo que o central internacional por Portugal tenha cometido um penálti já numa fase em que o jogo estava praticamente decidido. Outra das coisas que funciona muito bem neste FC Porto é a simbiose entre os seus dois avançados. Há noites que são de Marega, há outras que são de Soares. Esta noite, em Chaves, foi de Tiquinho, uma noite em que o brasileiro soube sempre onde devia estar e quando devia estar.

Ainda a habituar-se ao novo treinador, o Desp. Chaves já tinha apresentado alguns sinais de retoma com a vitória na jornada anterior, frente ao Tondela, a primeira no campeonato desde que Daniel Ramos deixou vaga a cadeira para Tiago Fernandes, cujo currículo de primeira Liga era o curto período como interino do Sporting. O embate contra o campeão em título e líder isolado não seria o melhor para essa retoma continuar, mas quando se está aflito, qualquer jogo é uma final. E o Desp. Chaves até nem entrou mal, com Costinha, o reforço que chegou do Setúbal, a conduzir o jogo ofensivo e a levar a bola até à área contrária.

Houve duas boas iniciativas da equipa da casa. Uma aconteceu aos 13’, quando Luther Sing levou a bola até à área e ensaiou o remate de longe que Casillas não segurou, com Felipe a limpar o erro do guarda-redes espanhol perante a aproximação de William. Logo a seguir, aos 19’, foi Costinha a ter espaço para cruzar e para William cabecear por cima da trave.

O FC Porto não precisou de muito para chegar à vantagem, e o que não estava a conseguir em bola corrida conseguiu na bola parada, aos 24’. Marega fez o desvio ao primeiro poste de um canto de Alex Telles e Soares, em frente à baliza, não falhou. Aos 42’, o entendimento entre os dois avançados portistas voltou a resultar em golo. A jogada começou em Corona, que passou por Djavan, meteu em Marega, com o franco-maliano a fazer o cruzamento junto à linha de fundo para mais uma concretização fácil de Soares.

Já na segunda parte, o avançado brasileiro completou o seu hat-trick no jogo, em mais uma finalização perfeita após passe de Corona, elevando para 12 o número de golos nesta temporada e igualando o registo que conseguiu na sua primeira (meia) época com os “dragões”.

A formação orientada por Tiago Fernandes ainda conseguiu reduzir aos 76’, por Bruno Gallo, na conversão de um penálti a castigar uma falta dentro da área de Pepe sobre William.

Mas os “dragões” rapidamente repuseram a vantagem. Aos 87’, Fernando Andrade recebeu uma bola à entrada da área e, com a aproximação do guarda-redes contrário, fez um chapéu. Nuno André Coelho ainda tentou impedir a bola de entrar na baliza, mas acabou por confirmar o quarto golo portista. O FC Porto entrou da melhor maneira na segunda volta da corrida ao título e só precisa de ir mantendo o ritmo.

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