Cartas ao director

Infelizmente Rui Rio

Sou portuense, sem partido e frequentei a mesma FEP, mas sou mais velha. Aprecio o PSD, o CDS e o próprio PS (votei Fernando Gomes). Nesta altura da vida o comportamento de Rui Rio é impróprio, mal-educado e revela deficiência grave nas relações humanas. Verifiquei que não comunicou as suas novas propostas para Portugal com ninguém, preocupado somente com António Costa (?) e as suas respostas em alemão, a sua apreciação da frase infeliz de Ferreira Leite e o modo canhestro que escolheu para dirimir Montenegro é uma infelizmência. Os conselheiros que escolheu e que o acompanham não praticam a dita ética de que fala. Somos mal governados há 30 anos e não temos conseguido cumprir com os mínimos sustentáveis. Infelizmente, assim nunca iremos lá.

Manuela Melo Rocha, Porto

Banho de ética!

A propósito do próximo Conselho Nacional do PSD, há uma fundada suspeita de que os resultados da votação da moção de confiança dependem da forma de votação – braço no ar ou secreta.

A polémica só faz sentido por haver, de ambas as partes, a convicção de que o voto secreto dá total liberdade às pessoas de votar sem os constrangimentos da sua manifestação pública. Ou seja, alguns conselheiros são incapazes de assumir publicamente e com frontalidade as suas posições. O que, convenhamos, não é um bom exemplo de atitude e comportamento ético, ainda que compreensível à luz da ambição "política" de cada um (o que nós somos na realidade é o que somos / fazemos quando ninguém nos vê).

Por outro lado, se Rui Rio quisesse recuperar a sua velha intenção de dar "banho ético" – intenção, porque a prática ética andou pelas ruas da amargura e muita tinta fez correr – tinha aqui uma oportunidade única de se afirmar e de mostrar que, na luta político partidária, não vale tudo e que os interesses do partido estão acima dos interesses e egos pessoais. Para tal, bastava que Rui Rio dissesse claramente que não admitia outra forma de votação que não fosse aquela que mais expressasse o verdadeiro e autêntico sentido de voto dos conselheiros, ou seja o voto secreto. Dessa forma, fosse qual fosse o resultado, a votação seria a expressão da real vontade dos conselheiros, a única de que assumiria os resultados, sem qualquer suspeita de uma vitória de ‘secretaria’ ou de Pirro.

Estou convencido que o desprendimento e a ética dessa manifestação trariam mais votos a favor do que contra, e muitos conselheiros estariam motivados a premiar essa forma de fazer política.

Norberto de Oliveira Manso, Sabugal

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