Egas Moniz tenta minimizar atrasos nos exames provocados pelo furto de endoscópios

Centro Hospitalar diz quefurto ocorreu entre as 12h de domingo e as 8h de segunda-feira.

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ALEXANDRE AFONSO

O Hospital Egas Moniz, em Lisboa, está a elaborar um plano para reagendar os exames no Serviço de Gastrenterologia por causa do furto de endoscópios nesta unidade hospitalar e já comunicou o caso ao Ministério Público.

Em resposta à agência Lusa a propósito do furto de endoscópios naquele hospital, nesta terça-feira noticiado pelo Correio da Manhã (CM), o Conselho de Administração do Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental (CHLO) diz que este plano para "recuperação de agenda" nos exames está a ser elaborado pelo Serviço de Gastrenterologia tendo em conta os três hospitais deste centro (Egas Moniz, Santa Cruz e S. Francisco Xavier).

O CHLO diz que a situação ocorreu entre as 12h de domingo e as 8h de segunda-feira e que, logo que o furto foi detectado, foi participado à PSP, "que iniciou de imediato perícias e acompanha o caso". "Foi igualmente comunicado ao Ministério Público e aberto inquérito interno", acrescenta.

Segundo a edição de hoje do CM, foram furtados equipamentos que servem para realizar endoscopias e colonoscopias (gastroscópicos e colonoscópicos), no valor de 300 mil euros.

"Os endoscópicos são equipamentos de imagem que se destinam a exames complementares de diagnóstico de Gastrenterologia", adianta o CHLO, explicando que os equipamentos estavam "numa unidade de Endoscopia, no edifício de Ambulatório do Hospital Egas Moniz que tem acesso restrito por portas com código e guardados em armários também com códigos de acesso".

A Unidade de Endoscopia, acrescenta o CHLO, tem actividade programada durante os dias úteis e é utilizada, caso necessário, em urgência para doentes internados no Hospital Egas Moniz, durante sete dias da semana. A realização destes exames envolve médicos, enfermeiros e auxiliares.

A propósito deste roubo, a presidente do CDS-PP, Assunção Cristas, acusou o Estado de desleixo e incapacidade "de tratar e proteger aquilo que é seu". "Nós vimos em 2017 o roubo de Tancos. Hoje [terça-feira] houve uma notícia do roubo de material médico, ligado à gastroenterologia, num hospital na cidade de Lisboa, no Hospital de Egas Moniz. Foram roubados 300 mil euros de material médico", afirmou Cristas.

"Só mostra um grande desleixo, uma grande quebra de autoridade, uma incapacidade do Estado de tratar e proteger aquilo que é seu", acusou.

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