Walkner vence em Pisco e Price assume liderança

Abandono do norte-americano Ricky Brabec a três dias da chegada a Lima provoca "revolução" nas motos.

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LUSA/Sebastian Castaneda

O austríaco Matthias Walkner (KTM) venceu esta terça-feira a oitava etapa da 41.ª edição do Rali Dakar nas motos, impondo-se numa especial, entre San Juan de Marcona e Pisco, no Peru, marcada pelo abandono do anterior líder, posição agora assumida pelo australiano Toby Price (KTM), terceiro classificado do dia.

Um dia depois de ter recuperado a liderança nas motos, Ricky Brabec abandonou o Dakar com o motor da Honda a trair o norte-americano, frustrando a esperança de uma primeira vitória na competição.

Brabec viu-se apeado ao 56.º quilómetro da especial de 361 kms cronometrados, transmitindo o testemunho ao australiano Toby Price (KTM) que passa a liderar na categoria, apesar de ter deixado escapar para o austríaco Matthias Walkner a vitória na oitava etapa, percorrida em 3h55m25s, tendo ainda sido batido por Pablo Quintanilla (Husqvarna) ​na ponta final.

"Dei o máximo, não poderia ter feito mais. O meu pulso está em brasa", comentou Walkner no final da etapa.

Segundo da geral à partida para Pisco, o francês Adrien Van Beveren (Yamaha) desperdiçou a oportunidade de assumir o comando na sequência do abandono de Brabec.

Van Beveren perdeu 11,48 minutos para Matthias Walkner, acabando por cair três posições na tabela, tendo sido ultrapassado pelo trio oficial da KTM (Price, Walkner e Sunderland) e ainda pelo chileno Quintanilla, que assegurou o segundo melhor tempo da especial, a 45 segundos de Walkner. Um tempo que lhe valeu uma promoção de quinto a vice-líder, surgindo a 1,03m do líder Toby Price na luta pela vitória no Dakar.

Joaquim Rodrigues (Hero) é o melhor português em prova (18.º da geral), após concluir a etapa no 13.º lugar, a 26.24 minutos do vencedor, subindo seis posições. António Maio (Yamaha) desistiu devido a problemas mecânicos. O piloto alentejano parou ao 202.º quilómetro, sendo a quarta baixa nas motos, depois das desistências de Hugo Lopes, Paulo Gonçalves e Mário Patrão.

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