Belenenses perde a Taça Ibérica em Valladolid

A equipa lisboeta foi batida pelo VRAC que conquistou a 39.ª edição do troféu disputado pelos campeões de Portugal e Espanha.

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O Belenenses perdeu em Espanha, por 34-25 Luís Cabelo

Pelo terceiro ano consecutivo, a Taça Ibérica de râguebi ficou em mãos espanholas. Neste sábado, em Valladolid, alguns erros defensivos do Belenenses e a qualidade do médio abertura neozelandês Greg Dyer fizeram a diferença a favor do VRAC. Com o triunfo, por 34-25, o campeão espanhol venceu pela terceira vez nos últimos cinco anos a competição.

Depois do Direito, contra o El Salvador, e o CDUL, frente ao VRAC, o Belenenses não inverteu a tendência dos últimos anos nos duelos ibéricos e, pela quinta vez nos últimos seis anos – o triunfo do Direito frente ao VRAC em 2015 foi a excepção -, o campeão espanhol conquistou a Taça Ibérica. Com a vitória do VRAC, a Espanha passa a somar 23 vitórias na competição, contra 16 de Portugal.

Em Valladolid, o Belenenses, com os irmãos Marta em evidência, ofereceu durante quase todo o jogo uma excelente réplica a uma equipa repleta de estrangeiros de qualidade e habituada a disputar o troféu – sexta presença nos últimos sete anos -, mas a categoria do neozelandês Greg Dyer e algumas dificuldades em travar o jogo à mão dos espanhóis foram factores decisivos no final dos 80 minutos.

Apesar de ter vantagem nas formações-ordenadas, onde a primeira-linha “azul” formada por Hugo Valente, Joe Pickett e Anthony Kent conseguiu superiorizar-se aos adversários, o Belenenses não esteve feliz nos alinhamentos e o jogo à mão do VRAC revelou-se sempre um enorme problema para o conjunto treinador por João Mirra.

Após dois ensaios construídos pelas suas linhas-atrasadas, a formação de Valladolid vencia aos 16’, por 17-3. Com um grande contra-ataque iniciado por Manuel Marta e finalizado pelo seu irmão Rodrigo, o Belenenses ainda reduziu (17-10), mas depois de mais uma jogada em que a bola circulou a toda a largura do campo, o VRAC fez o terceiro ensaio, marcado pelo “8” australiano Nathan Paila.

A perder por 22-13, os “azuis” não entraram bem na segunda parte e Dyer voltou a fazer estragos. O abertura neozelandês, que já tinha marcado um ensaio na primeira parte, voltou a passar com alguma facilidade pelo defesa do Restelo e, aos 48’, colocou os espanhóis com 16 pontos de vantagem: 29-13.

A partir daí, a qualidade baixou, mas nos últimos dez minutos, com o Belenenses em superioridade numérica, o jogo ficou mais aberto, resultando em dois ensaios para os campeões portugueses (Duarte Azevedo e Rodrigo Freudenthal) e um para os espanhóis (Guillo Mateu), onde grande parte do mérito esteve no excelente passe de Greg Dyer.

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