Cartas ao director

Os nossos orbanzinhos

No nosso país, por mais de uma vez, os políticos tentaram controlar o poder judicial; assim foi com Sócrates e o "seu" procurador Dr. Pinto de Sousa e, assim é, agora, com a tentativa de Rui Rio, desastrado líder do PSD, e com o astuto António Costa o qual, no seu silêncio, deixa falar alguns dos seus camaradas, como, por exemplo, o Dr. Jorge Lacão.

Passado o pesadelo da pouco controlável procuradora, Joana Marques Vidal, que, de comum acordo entre PS e PSD e com a complacência do útil Presidente da República, substituíram; era o momento adequado para alterarem a composição do Conselho Superior do Ministério Público, para o qual esses partidos passariam a nomear uma maioria de "conselheiros" (10 em 19). Qualquer processo de corrupção política não desejado morreria à nascença! Qual processo Sócrates? Qual processo Vara? Qual processo Isaltino?

Rui Rio e António Costa são os  nossos "Orbanzinhos"; mais pequeninos, porque, de mansinho, querem para a Justiça a mesma coisa que Órban ou Morawiecki!

Dra. Lucília Gago, nós cidadãos contamos com a sua independência, como já demonstrou. À política o que é da política, à Justiça o que é da Justiça!

Ezequiel Neves, Lisboa

Gastos da Assembleia da Republica

Perfilam-se já os candidatos para os próximos actos eleitorais que vão ocorrer em 2019, e cujo objectivo principal deveria segundo os mesmos, representar Portugal e os cidadãos, mas também ocupar cargos de relevo, o que acaba por complementar a actividade politica com uma remuneração compatível com o exercício do cargo que desempenham, ainda que muitas vezes não exista a devida competência para o exercício de tais funções.

As recentes notícias vindas a público sobre falsas viagens, seguros falsos e outras eventuais despesas que somam cerca de três milhões de euros, e que foram detectadas pelo Tribunal de Contas, acabam por ser a prova do abuso de posição de muitos eleitos, os quais procuram usufruir de benesses de forma indevida, e coloca em causa não apenas os serviços de fiscalização dos órgãos de soberania, nos quais era suposto confiarmos, mas acabam por manchar a reputação dos portugueses.

A Assembleia da República não é propriamente um órgão com poucos anos de existência, para o qual seja preciso a criação de regras, porque estas já deveriam estar criadas há muito tempo, e os eleitos obrigados ao cumprimento das mesmas, sob pena de perda de mandato, o que pelos vistos, numa área ou noutra, se as regras existem elas são susceptíveis de serem desrespeitadas sem penalizações para os infractores, o que acaba por ser um convite a falsas presenças no plenário, a gastos injustificados, à declaração de moradas incorrectas, entres outras situações que nos dão a ideia de que na Assembleia da República cada um faz o que quer e ainda lhes sobra tempo, acabando estes senhores por serem um mau exemplo para o país.

Américo Lourenço, Sines 

Sugerir correcção
Comentar