FC Porto teve que sofrer mas está apurado e a uma vitória do recorde

Pelo terceiro jogo consecutivo nas provas nacionais, os “dragões” deram um golo de vantagem ao adversário, mas venceram o Moreirense, por 4-3, e garantiram a qualificação na Taça de Portugal.

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LUSA/FERNANDO VELUDO

Começa a ser regra. Pelo terceiro jogo consecutivo nas provas nacionais, o FC Porto permitiu que o adversário se colocasse em vantagem ainda na primeira parte, mas, apesar de terem sofrido até ao apito final, os “dragões” voltaram a dar a volta ao marcador e, com uma vitória por 4-3, garantiram um lugar nos quartos-de-final da Taça de Portugal. Embora se tenha apresentado no Estádio do Dragão sem os habituais titulares, o Moreirense ofereceu uma excelente réplica aos portistas, mas não impediu a 14.ª vitória consecutiva do FC Porto. Com este registo, Sérgio Conceição fica a um triunfo de igualar a série de 15 vitórias alcançada por Artur Jorge em 1984-85.

A semana tinha sido “infernal”, com “milhares de quilómetros da Turquia aos Açores”, palavras de Sérgio Conceição na antevisão do confronto com o Moreirense, mas pese embora o calendário apertado e exigente até ao dia 12 de Janeiro — serão oito os jogos que os portistas vão disputar em 32 dias —, o treinador do FC Porto não fez bluff quando disse que ia escolher “o melhor onze”. Com pouco tempo para preparar os jogos, Conceição não desvalorizou o confronto com a equipa de Moreira de Cónegos e a gestão que fez a meio da semana foi bem menor da que tinha feito uma semana antes na Liga dos Campeões. Se em Istambul, frente ao Galatasaray, o técnico resguardou meia-dúzia de habituais titulares (Militão, Corona, Otávio, Soares, Brahimi e Óliver), contra a rival minhoto a gestão foi residual.

Embora tenha feito a habitual rotação na baliza — Fabiano surgiu no lugar de Casillas —, o quarteto defensivo foi o mais rotinado esta época (Maxi, Felipe, Militão e Telles), enquanto no meio-campo jogaram Danilo, Herrera e Otávio. As grandes novidades estavam no trio de ataque, onde Adrián López e André Pereira coadjuvaram Marega, que fez o sexto jogo completo em 20 dias.

Se Conceição não facilitou e jogou com quase todos os trunfos, Ivo Vieira revolucionou quase por completo o “onze”. Na antevisão do confronto com os portistas, o técnico madeirense disse que pelas “percentagens quase malucas que existem”, o FC Porto tinha 99% de hipóteses de garantir um lugar nos quartos-de-final. Talvez por isso Vieira tenha parecido estar mais preocupado com o duelo com o Boavista, no próximo sábado, para o campeonato, e dos 11 jogadores que iniciaram a partida no passado fim-de-semana em Chaves, apenas Loum e Heriberto Tavares repetiram a titularidade.

Um confronto entre habituais titulares do FC Porto e habituais suplentes do Moreirense fazia antever uma noite tranquila para Sérgio Conceição, mas não foi isso o que se passou. Aos 9’, o veloz Pedro Nuno iniciou um contra-ataque, Heriberto cruzou e Texeira fez o 0-1. Quase de seguida, Otávio teve que sair lesionado, mas a reviravolta surgiu em apenas oito minutos: aos 13’, Felipe marcou de cabeça; aos 16’, Hernâni, recém-entrado, fez o segundo dos portistas. A eliminatória parecia simplificar-se, mas Marega mostrava pontaria pouco afinada na finalização e, em cima do intervalo, Iago Santos empatou na sequência de uma bola parada.

O jogo corria bem para Ivo Vieira, mas os muitos espaços dados na sua defesa fizeram o técnico mexer ao intervalo, lançando Halliche e Chiquinho. Do outro lado, Conceição manteve-se paciente, mas Marega continuava a perder os duelos com Trigueira e, aos 60’, o técnico portista lançou Brahimi. E o argelino foi a muleta que faltava a Marega: com duas assistências do “8” do FC Porto, o maliano bisou (66’ e 89’).

Com o 4-2 no marcador, o assunto parecia estar arrumado, mas aos 90+2’ Heriberto fez o melhor golo da noite e, na última jogada da partida, uma grande defesa de Fabiano segurou a qualificação portista.

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