FC Porto perde Taça Intercontinental frente ao Barcelona

Derrota por 5-4 no último minuto do prolongamento marca a terceira final internacional perdida para os catalães em 2018.

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Catalães vencerem, na Argentina, a Taça Intercontinental DR

A interminável maldição “blaugrana” conheceu, na Argentina, um novo capítulo: pela terceira vez esta época, os “dragões” perderam uma final internacional para o Barcelona. Depois da Liga Europeia, em Maio, e da Taça Continental, em Setembro, foi a Taça Intercontinental a competição perdida para os catalães. Com uma vitória por 5-4 — conseguida no derradeiro suspiro do prolongamento — o Barcelona consegue reafirmar a hegemonia na modalidade, somando o 24.º título internacional.

O jogo não começou da melhor maneira para os “dragões”. Logo ao terceiro minuto, uma falta de Rafa na área “azul e branca” deu uma oportunidade aos catalães para inaugurarem o marcador. Sergi Panadero, especialista nas bolas paradas, não deu hipótese a Carles Grau e fez o primeiro da noite em San Juan, na Argentina (1-0).

Os portugueses continuaram a pressionar e, aos 8’, conseguiram chegar ao empate. Reinaldo Garcia, através de um remate cruzado, fez o 1-1. Guillem Cabestany, técnico dos “dragões”, aproveitou para pedir um desconto de tempo. A reviravolta seria confirmada aos 16’, quando uma combinação entre Gonçalo Alves e Telmo Pinto surpreendeu a defensiva espanhola. No interior da área “blaugrana”, Gonçalo Alves, de primeira, finalizou da melhor maneira o passe do camisola cinco dos “dragões” (1-2).

A alegria não durou muito tempo: três minutos após o golo da vantagem, aos 19’, o Barcelona empatou a partida (2-2). Pablo Alvarez ultrapassou Hélder Nunes e, avançando na diagonal, desferiu um remate que passou por baixo do corpo de Carles Grau. A igualdade a duas bolas não se alteraria até à buzina para o intervalo.

Grau segurou igualdade

No regresso das equipas dos balneários, foi Gonçalo Alves, novamente, a mexer o marcador (2-3). Num livre directo — a castigar a décima falta dos catalães —, o internacional português não deu hipóteses ao guarda-redes adversário, que ainda defendeu o primeiro remate portista. Sem nunca se deixar abater, o Barcelona conseguiu repor a igualdade: Pablo Alvarez aproveitou um ressalto para bisar na partida, empatando o encontro (3-3) aos 29’.

Se Alvarez também bisou, Gonçalo Alves não quis ficar atrás: após recuperar a bola junto da tabela adversária, aos 33’, — num período em que o FC Porto jogava com menos um elemento —, o jogador portista picou a bola por cima de Egurrola, assinando o hat-trick.

O golo seguinte voltaria a ser português, mas, desta vez, não traria qualquer alegria aos “azuis e brancos”. João Rodrigues, ex-Benfica e novo jogador do Barcelona fez o 4-4 aos 38’, aproveitando uma falha de marcação da defensiva portista.

A partir do golo catalão, Carles Grau assumiu-se como figura de destaque dos “azuis e brancos”. Um livre directo parado e várias defesas de alto nível serviram como o combustível que alimentou as esperanças portuguesas e que permitiu ao FC Porto aguentar a igualdade até ao final do tempo regulamentar.

O golo que apagou o fogo dos “dragões”

Tal como no início da partida, os instantes iniciais do prolongamento não podiam ter corrido da pior forma aos portistas: os “dragões” cometeram a 15.ª falta e o Barcelona tinha nova oportunidade para se adiantar no marcador. Carles Grau, pela terceira vez, impediu o golo adversário.

A defesa teve ainda mais significado quando, meros segundos após a oportunidade desperdiçada pelos catalães, foi a formação portuguesa a ter direito a um livre directo. Gonçalo Alves não conseguiu alargar para quatro a contagem pessoal, permitindo a defesa a Egurrola. Os primeiros cinco minutos do tempo extra acabariam em empate (4-4).

No segundo tempo do prolongamento, mais do que marcar, o objectivo era não sofrer. O Barcelona conseguiu ambos o objectivos e, com isso, arrecadou a vitória na Taça Intercontinental. Com pouco mais de um minuto no cronómetro, Pablo Alvaréz saiu disparado de trás da baliza e, com um passo teleguiado de Pau Bargalló, conseguiu rematar fora do alcance de Carles Grau.

Com apenas segundos no marcador, os “dragões” não conseguiram levar o jogo para grandes penalidades. Edu Castro celebrava novo título no comando do plantel “blaugrana”.

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