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Na Tailândia, há um pianista que dá concertos privados a... elefantes reformados

Soe Zeya Tun/REUTERS
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Na Tailândia, há um pianista que toca para um público especial. Há quase dez anos que Paul Barton, músico britânico de 57 anos, coloca, várias vezes por semana, o piano no meio do retiro Mundo dos Elefantes, em Kanchanaburi. E depois presenteia os paquidermes em redor com obras clássicas. "Talvez algum destes elefantes cegos consiga ter um pouco de conforto ao ouvir peças relaxantes de música clássica", diz Barton à Reuters.

A ideia pode parecer estranha, mas o dono do santuário, Samart Prasithpol, assegura que a música leva algum conforto aos elefantes. E, de facto, numa das sessões a que a agência noticiosa assistiu, uma fêmea chamada Lam Duan aproximou-se do pianista e pareceu ficar mais relaxada e concentrada na música; noutra, os elefantes pareciam mover as suas cabeças ao ritmo das notas.

O santuário abriga elefantes reformados e dá-lhes comida e tratamento depois de uma longa vida de trabalho. Em destinos turísticos como Tailândia, Camboja, Índia, Laos, Nepal e Sri Lanka, 77% dos cerca de três mil elefantes existentes sofrem de más condições de vida e de alimentação, além de serem explorados, reporta a organização World Animal Protection. "Trabalhamos para reabilitar elefantes fisicamente", diz Samart, que afiança que "a música tem sido útil na reabilitação das suas almas". Pelo menos na velhice, estes elefantes que passaram a vida a dedicar-se aos humanos têm agora quem se dedique a eles.

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