Luís Castro diz-se "confortável" em Guimarães

Treinador garante que a questão financeira não foi determinante e fica a aguardar por melhor oportunidade.

Foto
Luís Castro explicou motivos da opção por continuar em Guimarães LUSA/HUGO DELGADO

Luís Castro, treinador do V. Guimarães, revelou esta quinta-feira que recusou a proposta do Reading, da segunda divisão inglesa, por entender que surgirão outras e melhores oportunidades para progredir na carreira.

O técnico, de 57 anos, recebeu uma proposta do 22.º e antepenúltimo classificado do segundo escalão inglês, mas optou por permanecer em Guimarães, justificando a decisão com a convicção de que terá mais oportunidades para assinar um contrato financeiramente mais vantajoso.

"Sinto-me confortável porque tenho o apoio da administração, o carinho dos sócios, um plantel que dá tudo todos os dias. Quando trabalhamos de forma dedicada, outras oportunidades surgirão, certamente, e entendi que deveria ficar", esclareceu, durante a antevisão ao jogo de sábado com o Desp. Aves, da 13.ª jornada do campeonato.

O treinador vitoriano disse ter chegado à conclusão de que "não seria a altura para sair", após uma reunião com a administração da SAD vitoriana, presidida por Júlio Mendes, e uma outra com a família, que concordou com a sua decisão, apesar do "reforço financeiro" que o ingresso no Reading iria proporcionar.

Luís Castro acrescentou que o dinheiro foi apenas um dos factores na análise à proposta do clube inglês, a par da "questão familiar", da "questão profissional, de carreira" e da instituição que actualmente representa, rejeitando que estivesse associada à melhoria do contrato que o liga ao Vitória até 2020.

"Se eu quisesse melhorar o meu contrato, sairia do Vitória. Não fazia sentido não ir e ficar por causa do dinheiro. O dinheiro esteve em análise, mas não foi o elemento decisivo para a tomada de decisão", esclareceu o técnico do clube minhoto, quinto classificado da I Liga.

O técnico rejeitou, porém, que esta decisão possa reforçar o seu estatuto no seio do clube, até porque um "ciclo negativo" de três ou quatro derrotas pode mostrar-lhe a “porta de saída”, em conformidade com as "regras do futebol".

"Se tiver de sair, saio como é normal no futebol, com ciclos negativos. Em situações dessas, sabemos que o treinador é posto em causa. Espero que não, mas se isso acontecer, o treinador tem de seguir o seu caminho", vincou.

A proposta do Reading, disse ainda Luís Castro, não influenciou minimamente a semana de preparação para o embate com o Desp. Aves, já que não faria sentido "algo acessório" mexer com o "foco" do plantel.

Sugerir correcção
Comentar