Poucas opções e viagem longa na estreia europeia de Marcel Keizer

O Sporting defronta o Qarabag nesta quinta-feira, em Baku, e pode garantir o apuramento para os jogos a eliminar na Liga Europa.

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Jovane Cabral marcou um dos golos do triunfo do Sporting em Alvalade sobre o Qarabag Reuters/RAFAEL MARCHANTE

À quinta jornada do Grupo E da Liga Europa, o Sporting vai ter o seu terceiro treinador na competição. Depois de José Peseiro ter feito os três primeiros jogos (duas vitórias e uma derrota) e Tiago Fernandes ter feito a transição com um empate , agora será a vez de Marcel Keizer cumprir a sua estreia europeia com os “leões” defrontando em Baku o Qarabag. Uma vitória garante ao Sporting um lugar na fase seguinte da competição, mas um empate até pode servir se, no outro jogo do agrupamento, houver empate ou uma vitória do Arsenal, na Ucrânia sobre o Vroskla Poltava.

A estreia europeia de Keizer está, no entanto, condicionada por vários obstáculos. Primeiro, porque implica um par de viagens longas (quase cinco mil quilómetros entre Lisboa e Baku). Depois, porque terá de defrontar esta equipa azerbaijana bastante limitado nas suas opções, tendo de lidar com 11 ausentes, entre lesionados (Raphinha, Ristovski, Montero e Battaglia), castigados (Mathieu e Acuña) e os que não foram inscritos para jogar na Europa (Marcelo, Lumor, Bruno César, Misic e Castaignos).

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Se as numerosas ausências fizeram com que Keizer tivesse de compor a convocatória com três jogadores da equipa sub-23 (o guarda-redes Diogo Sousa, o lateral Thierry Correia e o central Tiago Djaló, para além de Miguel Luís, que já fez dois jogos a titular, um deles em Londres frente ao Arsenal), não deverão implicar grandes mudanças no “onze” em relação ao jogo da Taça de Portugal frente ao Lusitano de Vildemoinhos e que marcou a estreia do holandês no banco “leonino” com um triunfo por 4-1, apenas a entrada de André Pinto para o lugar de Mathieu.

Este será apenas o quinto jogo de Marcel Keizer nas competições europeias e não se pode dizer que o seu registo seja particularmente brilhante. Aliás, o que fez nas competições europeias foi parte da razão pela qual o holandês não chegou a fazer uma época completa no Ajax. Falhou na terceira pré-eliminatória da Liga dos Campeões em 2017-18 graças a dois empates com o Nice (2-2 em Amesterdão e 1-1 em França) e, depois disso, falhou no acesso à fase de grupos da Liga Europa, com uma dupla derrota com os noruegueses do Rosenborg.

A entrar agora nas três semanas de trabalho em Alvalade, Keizer continua a mostrar-se como um homem de poucas palavras e ideias simples, pelo menos para o exterior. Mas a sua mensagem é a mesma desde que chegou: ganhar, jogar bem e sem pensar muito numa possível ajuda do Arsenal nas contas do grupo. “Queremos ganhar o jogo e esperar que seja com bom futebol. Mas a primeira coisa que queremos fazer é ganhar. Estamos focados em nós. Queremos jogar bem. Se tivermos ajuda do Arsenal, é bem-vinda, mas para nós é importante fazer um bom jogo”, diz o técnico holandês, que só tem elogios a fazer ao seu adversário desta quinta-feira e a quem o Sporting já ganhou em Alvalade por 2-0 na jornada de abertura do grupo: “Ambas as equipas jogam para a ganhar. Claro que conhecemos o Qarabag, vi três jogos, têm um futebol muito bom, moderno e com um bom contra-ataque.”

Ainda sem tempo suficiente para deixar a sua marca, Keizer diz que ele e os jogadores já se vão conhecendo melhor. "Claro quando se trabalha mais tempo, conheço melhor os jogadores. Aprendemos uns com os outros todos os dias", frisou o holandês, dizendo que gostou de coisas no jogo da Taça, mas que há coisas a melhorar: "Falei com eles sobre o que precisamos de melhorar."

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