O maior feito de Alexander Zverev

É o primeiro tenista alemão a triunfar nas ATP Finals desde 1995.

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Alexander Zverev LUSA/WILL OLIVER

Já se sabia que Alexander Zverev era o melhor tenista da nova geração. Com a recente aquisição do campeoníssimo Ivan Lendl para a equipa técnica, o alemão elevou a auto-confiança e com duas exibições de altíssimo nível derrotou Roger Federer e, na final, o número um Novak Djokovic, conquistando o título mais importante da sua jovem carreira. Aos 21 anos, Zverev é também o mais jovem a triunfar nas ATP Finals desde Djokovic, campeão em 2008, e o primeiro alemão desde Boris Becker, em 1995.

“Este troféu significa muito para mim, porque aqui só defrontamos os melhores. Bater Roger e Novak consecutivamente é surpreendente”, admitiu Zverev, após vencer, por 6-4, 6-3. Ao contrário do que aconteceu no duelo da fase de grupos, em que só ganhou cinco jogos, o alemão quebrou o serviço de Djokovic por quatro vezes.

O equilíbrio durou até 4-4. Foi então que Zverev assinou a proeza de ser o primeiro tenista nestas ATP Finals a breakar o sérvio – após 40 jogos de serviço ganhos por Djokovic. O break resultou igualmente no primeiro set concedido por Djokovic na Arena O2, traduzindo a extrema qualidade do alemão, em especial a servir, cedendo somente quatro pontos no serviço, com 18 do seu total de 28 pontos, ganhos no set com o primeiro serviço.

A solidez de Djokovic desfez-se e, embora ainda tenha recuperado o break cedido a abrir a segunda partida, perdeu novamente o serviço e Zverev adiantou-se decisivamente, concluindo o encontro com 20 winners (incluindo 10 ases) e 79% de eficácia na primeira bola.

O quarto tenista a derrotar Feder na meia-final e Djokovic na final – e primeiro desde Andy Murray nos Jogos Olímpicos de 2012 – termina o ano no quarto posto da hierarquia mundial, um lugar à frente daquele com que chegou a Londres e a apenas 35 pontos de distância de Federer. “Vou fazer tudo o que puder para me manter no topo. Ainda tenho que bater os melhores nos torneios mais importantes”, admitiu Zverev, a pensar no desafio de ter igual sucesso nos Grand Slam.

Já Djokovic terminou uma época inesquecível com derrotas nas finais dos dois derradeiros torneios. “Hoje, não foi um grande dia, mas, noutra perspectiva, foi um ano espantoso, um regresso espantoso”, lembrou o sérvio.

Na final de pares, os norte-americanos Mike Bryan e Jack Sock derrotaram os franceses Nicolas Mahut e Pierre Hugues Herbert, por 5-7, 6-1 e 13-11. Sock é o primeiro tenista a disputar as meias-finais de singulares (2017) e a final de pares nas ATP Finals, desde John McEnroe, em 1984.

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