Benfica volta a respirar com uma pitada de sofrimento e outra de felicidade

”Encarnados” de volta aos triunfos após quatro jogos sem ganhar. Bateram Tondela, que acabou reduzido a nove

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LUSA/NUNO ANDRE FERREIRA

Quatro jogos consecutivos sem vencer (três derrotas e um empate) deixam marcas em qualquer equipa, e iniciar o quinto jogo praticamente a perder só torna as coisas mais difíceis. Mas, com uma pitada de sofrimento e outra de felicidade, o Benfica superou os piores prognósticos e conseguiu regressar às vitórias, com uma reviravolta em Tondela (1-3) que permitiu afastar as nuvens mais negras.

Numa noite de chuva, a equipa de Rui Vitória estava obrigada a arrepiar caminho após duas derrotas consecutivas no campeonato (Belenenses SAD e Moreirense). Mas a partida de Tondela começou da pior maneira para os “encarnados”, que ficaram em desvantagem no marcador quando ainda não tinha decorrido na totalidade o primeiro minuto. Murillo avançou pela direita e colocou na área, à procura de Xavier, mas seria Conti a desviar para o fundo da própria baliza – o argentino, no lugar do castigado Jardel, foi uma de três novidades no “onze”, a par dos regressos de Pizzi e Rafa.

Apesar de intranquilo, o Benfica conseguiria restabelecer a igualdade por intermédio do inevitável Jonas, na primeira vez que os “encarnados” chegaram com perigo à área do Tondela. André Almeida cruzou e Jonas antecipou-se a Ricardo Costa para desviar de cabeça.

As “águias” tiveram a oportunidade de fazer o 1-2 aos 28’, mas o remate de Rafa acertou em cheio no poste da baliza defendida por Cláudio Ramos. Só que Vlachodimos também não estava descansado: David Bruno acelerou pela direita e cruzou para Murillo, que colocou a bola em jeito por cima do guarda-redes do Benfica. Valeu o corte de Conti, sobre a linha, a evitar mais um golo do Tondela (37’).

A falta de tranquilidade e o terreno encharcado não ajudavam, mas o Benfica iniciou a segunda parte a todo o gás, com ameaças de Cervi, Pizzi e Jonas. E tudo pareceu ficar mais facilitado para a equipa de Rui Vitória quando o Tondela ficou reduzido a dez jogadores: David Bruno viu o segundo cartão amarelo por uma carga sobre Cervi, numa altura em que o jogo estava interrompido por uma falta anterior de Jonas.

Rui Vitória lançou Seferovic, mas até seria o Tondela a estar imediatamente mais perto do golo. Xavier surgiu entre Conti e André Almeida, a cabecear para boa defesa de Vlachodimos.

Apesar da inferioridade numérica, o Tondela não baixava os braços e, com qualidade, prometia dificultar ao máximo a vida dos “encarnados”. Mas a eficácia do Benfica resolveu os maiores problemas. Recém-entrado, Seferovic só teve de encostar para colocar a equipa de Rui Vitória na frente do marcador, após mais uma assistência de André Almeida.

A diferença mínima e a vantagem numérica não sossegavam um Benfica que jogava mais em esforço e sacrifício do que em controlo. E Rui Vitória pode agradecer à ineficácia do adversário por não ter sofrido mais do que calafrios: Xavier teve o 2-2 nos pés, mas cara a cara com Vlachodimos o avançado atirou milímetros ao lado do poste (72’), num desperdício difícil de acreditar.

Rafa acabou com as dúvidas aos 75’, fazendo o 1-3 após passe de Pizzi. E a réplica do Tondela esgotou-se quando teve mais um jogador expulso, Ícaro por vermelho directo, após entrada dura sobre Rafa.

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