Hertha de Berlim proíbe bandeiras e tarjas no estádio

Medida será aplicada já a partir de sábado e aplica-se tanto aos adeptos da equipa da casa como aos visitantes.

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LUSA/FRIEDEMANN VOGEL

O Hertha de Berlim, actual sexto classificado da Bundesliga, anunciou nesta quinta-feira que vai proibir, com efeito imediato, a entrada de bandeiras e tarjas alusivas às claques nos seus jogos em casa. Esta medida surge como reacção aos distúrbios registados no encontro contra o Borussia Dortmund, para o campeonato.

A direcção do clube mais representativo da capital alemã sublinha que esta directriz se “aplica tanto aos adeptos do Hertha como aos visitantes” que pretendam levar bandeiras para o Estádio Olímpico de Berlim. “A medida aplica-se de imediato, até nova ordem”, realça.

Para assegurar o cumprimento desta decisão, foi também anunciado um reforço das medidas de segurança já a partir de amanhã (17h30), dia em que o Hertha recebe o RB Leipzig, para a 10.ª jornada da Liga alemã. Nesse sentido, o clube apela aos sócios e simpatizantes para que cheguem ao estádio mais cedo do que tem sido hábito.

No fim-de-semana, um grupo de cerca de cem adeptos do Hertha entrou em confrontos com a polícia, antes do jogo disputado em Dortmund. Os incidentes começaram depois de os agentes da autoridade terem tentado retirar uma tarja gigante que comemorava os 15 anos de um grupo de ultras afectos ao emblema berlinense. Nessa altura, alguns adeptos mascarados lançaram petardos a partir da bancada onde estavam instalados.

A polícia alemã deu então conta de 45 feridos — 35 dos quais na sequência do uso de gás pimenta —, sendo que alguns adeptos ainda foram transportados para o hospital, enquanto os agentes envolvidos não precisaram de assistência.
Michael Preetz, director-geral do Hertha, criticou o que considerou ser a “intervenção excessiva” da polícia. Já a Federação Alemã de Futebol abriu um inquérito aos incidentes.

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