Cartas ao director

Correcção

Publicou o jornal uma carta de um leitor intitulada “Homossexualidade ou safismo” em que era defendida uma teoria baseada na convicção de que o prefixo “homo” derivava do latim “homo” que significa “homem”. Isso está errado. A origem é a palavra grega “homos” que significa “o mesmo”; encontramos esse prefixo em palavras como “homónimo”  ou  “homogéneo”. Portanto a teoria do leitor não faz qualquer sentido.

Declaração de “interesses”: não me interessam os problemas da homossexualidade mas sim os da iliteracia e do que para ela contribua. 

Rosa Redondo, Portela

OE 2019

A edição do PÚBLICO de 17/10 dá um destaque especial ao OE 2019. Costuma dizer-se que "de boas intenções está o mundo cheio". Lembrei-me deste ditado popular, ao ser confrontado, a páginas 15 do suplemento especial, com a informação, área a área, da distribuição dos 91.104 milhões da despesa prevista neste Orçamento. O Orçamento proposto é sempre o resultado de uma luta entre poderes (os ministérios) e, olhando para o resultado final, como costuma dizer-se, "o algodão não engana".
E aquilo que de facto não nos pode enganar são as constantes manifestações de amor e promessas que o primeiro-ministro fez, durante o último ano, ao mundo rural, aos territórios esquecidos do interior, cujas carências e abandono, devido aos grandes incêndios deste último ano, entraram pela porta adentro da grande maioria dos portugueses.
Quando todos esperaríamos que desta vez o governo teria condições politicas para apostar forte no desenvolvimento rural, na agricultura e nas florestas, eis senão quando somos presenteados com uma redução de 8% no orçamento do Ministério da Agricultura, o maior corte entre todos os ministérios, muito longe dos 2,7% do corte na Segurança Interna e Economia. A grande aposta no Mar que quase duplica o orçamento anterior, nas Infraestruturas (aumento de 37,5%), Ambiente (16,9%) e Cultura (12,6%), penalizam fortemente o mundo rural, na linha daquilo que vem acontecendo há décadas. A criação da Secretaria de Estado para a Valorização do Interior, será, a fazer fé nestes cortes, a peneira para tentar tapar o sol do contínuo e sistemático abandono das pessoas que habitam esta parte significativa (2/3), do território nacional.
Do ministro Capoulas Santos já se espera tudo, mas manter-se no Governo depois desta afronta só prova que bateu no fundo e ficou sem condições para governar.

Joaquim Trindade, Lisboa

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