Presidente da DFB critica Özil por não ter recebido Joachim Löw

O seleccionador alemão deslocou-se a Londres para se encontrar comos jogadores internacionais germânicos.

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Reuters/MICHAEL DALDER

O presidente da federação alemã de futebol (DFB), Reinhard Grindel, criticou nesta sexta-feira o médio Mesut Özil por ter recusado a visita do selecionador Joachim Löw na semana passada, em Londres.

"Acho que [o Mesut Özil] não devia ter recusado o encontro [com Joachim Löw]. Quando se fazem críticas tão sérias num comunicado, deve-se aceitar também falar sobre o assunto", disse Reinhard Grindel, à televisão pública alemã ZDF.

O médio, de 29 anos, anunciou a sua retirada da selecção germânica a 22 de Julho, acusando os líderes da DFB de "desrespeito e racismo", após a polémica levantada em torno do seu encontro com o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, em Maio.

Desde então, Joachim Löw não conseguiu entrar em contacto com o jogador, que era um dos elementos imprescindíveis na selecção, que também recusa responder a mensagens ou telefonemas.

Na semana passada, Löw deslocou-se ao Arsenal Training Centre, em Londres, para se encontrar jogadores internacionais alemães. Özil não apareceu e Löw não foi autorizado a entrar no campo de treinos para o ver.

Nascido na Alemanha e filho de pais turcos, Özil foi um dos destaques da seleção alemã na conquista do Mundial 2014, no Brasil. Mas, depois de o seu encontro com o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, Özil foi alvo de violentos ataques xenófobos contra a sua suposta falta de lealdade para com a Alemanha.

No final de Julho, o jogador, que não tem nacionalidade turca, despediu-se da selecção alemã, através de um comunicado em que proferiu graves acusações ao presidente da DFB.

"Aos olhos de Grindel e dos seus apoiantes, eu sou alemão quando ganhamos, mas sou imigrante quando perdemos", defendeu, na altura, Özil.

O presidente da DFB admitiu, mais tarde, que deveria ter apoiado melhor Özil, quando os ataques racistas foram desencadeados contra ele.

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