Lisboa: Open House abre as portas de 84 espaços e cria nove percursos urbanos

No fim-de-semana de 22 e 23 de Setembro, 84 espaços de Lisboa (38 destes em estreia) vão abrir as suas portas ao público do Open House. Entrada é livre e há visitas guiadas por especialistas.

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Vertigo, do Atelier João Quintela Tim Simon
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Bairro das Fonsecas e Calçada, em Alvalade, em Lisboa DR

A 7.ª edição do Open House Lisboa acontece a 22 e 23 de Setembro, com entrada livre, em 84 espaços públicos e privados da cidade, incluindo 38 em estreia. As linhas gerais do evento, organizado pela Trienal de Arquitectura de Lisboa, foram apresentadas aos jornalistas, em Lisboa, com a presença dos comissários, do presidente da Trienal, José Mateus, e da presidente da Empresa de Gestão de Equipamentos e Animação Cultural (EGEAC), Joana Cardoso.

Uma das novidades, indicou José Mateus, é a criação de nove percursos urbanos que terão como guias especialistas convidados, desde arquitectos a historiadores como Inês Lobo, Ana Vaz Milheiro e José Manuel Fernandes. "Este ano haverá locais a visitar que ainda estão em processo de construção", revelou o presidente, como é o caso do Atelier Ulisseia, onde decorreu a conferência de imprensa, localizado na avenida Infante Dom Henrique, no Edifício Beira Rio, alvo de um projecto de reabilitação do Atelier JQTS (João Quintela Tim Simon).

José Mateus sublinhou o interesse crescente manifestado pelo público, que, em 2017, registou uma participação de 44 mil pessoas. Por seu turno, a presidente da EGEAC, parceira na organização, sublinhou que a realização do Open House "é sempre um momento importante para dar acesso gratuito aos cidadãos à arquitectura da cidade". "É um projecto que não é apenas feito por e para arquitectos, mas que, tendo por base conhecimentos especializados muito sólidos, é para o grande público, incluindo crianças", vincou.

Em 2018 foram convidados para comissários os arquitectos Luís Santiago Batista e Maria Rita Pais, que elegeram o tema "Habitar Lisboa em transformação". "Queremos mostrar, com esta selecção de edifícios, o trabalho fundamental dos arquitectos no pensamento, construção e formas de habitar a cidade ao longo do tempo", disse Luís Santiago Batista.

O Open House Lisboa abre as portas a locais de referência da arquitectura da capital, públicos e privados, alguns deles fechados ao longo do ano, e alguns oferecem visitas com os autores dos projectos. Teatros, igrejas, museus, casas privadas, escolas, palácios, hospitais, serão abertos para visitas livres ou guiadas por especialistas.

No fim-de-semana de 22 e 23 de Setembro, o Open House faz percursos que passam pelo Museu do Dinheiro, Cinema Ideal, Atelier Cecílio de Sousa, Imprensa Nacional, Casa no Arco do Cego, Fábrica Musa, galeria Underdogs, Empreendimento Prata, Planetário Calouste Gulbenkian, Escola Francisco Arruda.

O Pestana Palace, Apartamento Arriaga, Museu da Marinha, Hub Criativo do Beato, Casa da Severa, Largo Residências, Igreja de Nossa Senhora da Conceição Velha, Gare do Oriente, Torre do Tombo, Hospital Júlio de Matos, Casa no Bairro das Estacas, SAAL — Bairro das Fonsecas e Calçada, Teatro Thalia, Escola Secundária Padre António Vieira também integram os percursos.

A iniciativa Open House foi lançada em Londres, em 1992, pela arquitecta e curadora britânica Victoria Thornton e já passou por cidades como Porto, Oslo, Nova Iorque, Roma, Helsínquia, Praga e Buenos Aires.

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