Jovens craques portugueses foram memoráveis na Bélgica

No Internacional de Juniores houve três rapazes nos cinco primeiros e Leonor Medeiros foi 6.ª em raparigas

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Daniel Rodrigues com o troféu de vice-campeão na cerimónia de entrega de prémios

O Royal Golf Club of Belgium (Par 72) foi palco de uma das mais memoráveis prestações das seleções nacionais em provas internacionais, com Daniel Rodrigues, Francisco Matos Coelho e João Maria Pontes nos cinco primeiros lugares da prova masculina e Leonor Medeiros 6.ª na feminina. 

Juntos, “Dani” e “Kiko” formaram a destacada dupla vencedora na Taça da Nações, pela equipa de Portugal 1, e João Maria e Pedro Neves (que foi 13.ª individual), por Portugal 2, foram 4.ºs entre as 14 equipas concorrentes. 

Tanto mais notável quanto, numa prova de rapazes, ou seja, do escalão de sub-18 anos, Daniel Francisco e Leonor têm apenas 15 anos.

O treinador Hugo Pinto entre Daniel Rodrigues e Francisco Matos Coelho, vencedores da Taça das Nações, pela equipa de Portugal 1 

Daniel Rodrigues terminou no segundo lugar após um duelo com August Host favorável ao dinamarquês, que tinha partido para a última volta a liderar com menos duas pancadas que o português e acabou com cinco de vantagem. 

O escandinavo venceu com um total de 271 (68-73-63-67), 17 abaixo do Par, Daniel somou 276 (70-66-70-70), 12 abaixo. Na semana passada, “Dani” chegou aos oitavos-de-final na sua estreia Boys Amateur Championship (um dos majors mundiais de sub-18) e anteontem foi convocado para a seleção da Europa Continental no Troféu Jacques Léglise. 

A provar que tudo foi uma questão a dois, os terceiros classificados, onde se incluem Matos Coelho (73-66-73-72) e Pontes (70-70-73-71), além do belga Jean De Wouters, totalizaram 284 (-4), ficando oito pancadas atrás de Daniel. Pedro Neves averbou 293 (72-75-73-73), 5 acima. 

Na prova feminina, Leonor Medeiros, pouco mais de uma semana depois de ter sido vice-campeã no Open Amador da Escócia de Sub-16, terminou hoje com o seu melhor desempenho em toda a semana,  um 72 (Par) que lhe permitiu descolar das 13.ªs lugar para 6.º, empatada com a francesa Pyrène Delample. 

Neste último dia, só Mathilde Delavallade fez melhor (70) que a portuguesa, para terminar no terceiro lugar, com 290 (+2). E só uma outra igualou Leonor, a vencedora, a francesa Lucie Malchirant, com 285 (-3). Pelo meio, na 2.ª posição final, a dinamarquesa Amalie Leth-Nissa, com 286 (-2).

A comitiva nacional, que contou ainda com as atletas Rita Costa Marques e Inês Santos 

DEPOIMENTOS DA COMITIVA NACIONAL 

Hugo Pinto (Treinador Nacional Adjunto): "Estamos muito orgulhosos, da prestação, da atitude, do comportamento em competição. Foi um torneio muito bem conseguido da nossa parte, tivemos sucesso quer coletivamente quer individualmente. E ficamos muito felizes por estarmos a ter resultados cada vez mais cedo – tivemos aqui atletas de sub-16 numa prova de sub-18. Isso dá-nos bons indicadores de futuro. Quero elogiar aqui o bom trabalho dos respectivos clubes e treinadores, porque o que nós aqui fazemos é um acompanhamento pontual. È de reforçar o excelente trabalho que  tem sido desenvolvido por clubes e treinadores.” 

Daniel Rodrigues: “Correu bem, mas acho que, com o que o outro jogou, era impossível ganhar hoje. Algum sentimento de impotência mas contente com o que joguei. Acreditei até ao fim.” 

Francisco Matos Coelho:“Foi um torneio de muita luta, tive uma boa volta, mas sinto que deixei muito golfe para jogar. Houve dois dias em que deixei muitas pancadas no tee. Estive bem nos greens e à volta dos greens, e o shot ao green também não esteve mau.”

João Maria Pontes: “As coisas estão a vir de cima. Foi muito bom, estou extremamente contente. Sabia que era capaz de disputar aqui um bom torneio, porque venho de duas semanas a jogar bom golfe, sempre abaixo do par. É sempre especial jogar nas últimas formações em torneios cá fora, com espectadores.” 

Leonor Medeiros: “Ficar em 6.º lugar num torneio de sub-18, entre algumas das melhores europeias, é excelente. Foi muito bem conseguido, este era um campo em que tínhamos de estar sempre no fairway, e, com mato denso, isso não era fácil. O jogo esteve sempre muito bom, houve alguns dias que o que falhava eram os putts e os tee shots. Nunca tive um mau dia, no segundo dia nunca esteve muito bom, mas estive sempre a aguentar o resultado.”

 

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