Cinismo ucraniano coloca Sp. Braga fora da Liga Europa

Minhotos não foram além de um 2-2 diante do Zorya, na segunda mão da eliminatória.

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LUSA/HUGO DELGADO

Depois do Rio Ave, o Sp. Braga. Em duas pré-eliminatórias da Liga Europa, Portugal perdeu duas das cinco equipas que iam disputar nesta temporada competições europeias e, ainda antes de terminar o mês de Agosto, o contingente nacional nas provas da UEFA já está reduzido aos três “grandes”. Embora tenha fica claro, durante os dois jogos da eliminatória, que o Sp. Braga era superior, os minhotos tropeçaram no cinismo ucraniano. Dando sempre o controlo do jogo ao adversário, o Zorya esteve por três vezes em desvantagem na eliminatória, mas respondeu sempre no momento certo e, após o empate a um golo na Ucrânia, garantiu a qualificação com nova igualdade em Braga: 2-2.

Após um jogo intenso frente ao Nacional no domingo, Abel Ferreira foi obrigado a mexer no meio-campo após perder Claudemir por lesão. Face à ausência do brasileiro, o técnico bracarense socorreu-se de outra das caras novas em Braga: João Novais. Apesar de o empate sem golos garantir o apuramento dos minhotos e de o primeiro jogo ter exposto o calculismo do Zorya, Abel Ferreira colocou em campo um “onze” com vocação ofensiva: Novais formou a dupla de meio-campo com Fransérgio; Esgaio e Ricardo Horta ocuparam os flancos; Wilson Eduardo e Dyego Sousa eram a dupla mais adiantada. Resultado? Nos minutos inicias, a tracção ofensiva do Sp. Braga colocou os ucranianos em problemas e, no primeiro quarto de hora, João Novais (7’), Fransérgio (11’) e Wilson Eduardo (14’) estiveram perto de inaugurar o marcador.

À imagem do jogo da semana passada, o Zorya apresentou-se em 4x2x3x1 e resistiu. Mesmo tendo de marcar em Braga para se tornar o adversário do RB Leipzig no play-off, Yuriy Vernydub, técnico da equipa de Lugansk há quase uma década, não arriscou e esperou pelo momento certo para ripostar. Sabendo que do outro lado estava um rival com mais qualidade, o treinador do Zorya manteve a segurança defensiva e, sem surpresa, a primeira parte acabou sem qualquer jogada de perigo para a baliza de Matheus.

Já sem Raúl Silva — o influente defesa minhoto sofreu uma lesão muscular ainda na primeira parte —, o Sp. Braga pareceu entrar nervoso após o intervalo e, embora de forma muito tímida, a equipa de Leste mostrava alguma ousadia. No entanto, a classe de Novais fez a diferença: com um grande golo de livre directo, o ex-jogador do Rio Ave inaugurou o marcador.

A vantagem aos 65’ parecia ser o condimento de que os minhotos precisavam para cozinhar de vez eliminatória, mas, tal como na Ucrânia, o Sp. Braga aguentou pouco a vantagem: cinco minutos depois, Ratão empatou. A igualdade recolocava a eliminatória a caminho de um prolongamento, mas num ápice o jogo ficou partido. Aos 73’, após uma jogada de insistência, Horta confirmou que atravessa um excelente momento de forma e fez o seu segundo golo na eliminatória. Porém, as fragilidades defensivas vistas nos bracarenses frente ao Nacional repetiram-se e, quando o Zorya voltou à área minhota, acabou com a eliminatória: aos 83’, Karavaev fez o 2-2 que colocou o Sp. Braga fora da Liga Europa.

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