Bloco quer saber quantos profissionais serão contratados para reforçar INEM

Nos últimos dias, segundo o BE, foram divulgadas informações dando conta de que o atendimento 112 estaria mais demorado do que seria de esperar devido à falta de profissionais para assegurar o atendimento da linha.

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Nelson Garrido

O Bloco de Esquerda (BE) quer saber quantos profissionais serão contratados para reforço do Instituto de Emergência Médica, no âmbito de um novo processo de recrutamento junto da GNR anunciado pelo Governo.

Num requerimento enviado ao Ministério da Saúde, o Bloco de Esquerda (BE) apresenta nove perguntas relacionadas com a falta de profissionais no atendimento da linha 112 e no Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM).

Nos últimos dias, segundo o BE, foram divulgadas informações dando conta de que o atendimento 112 estaria mais demorado do que seria de esperar devido à falta de profissionais para assegurar o atendimento da linha.

Em resposta a estas notícias, adianta o Bloco de Esquerda, o Governo referiu que "está a decorrer um novo processo de recrutamento junto da GNR" exigindo o partido que sejam conhecidos os termos e os prazos deste concurso.

Nas perguntas dirigidas ao Ministério da Saúde, o BE questiona ainda o executivo quando se prevê que estes profissionais entrem em funções, qual o tempo médio de atendimento da linha 112 e quantas chamadas foram recebidas entre os dias 1 e 07 de Agosto de 2018, 1017 e 2016.

O Bloco de Esquerda pergunta também quantos trabalhadores asseguram os centros de atendimento do 112, quantos estão em falta e que medidas urgentes vão ser desencadeadas para proceder à sua contratação.

Segundo o BE, em 2017 saíram 57 trabalhadores do INEM e entre Janeiro e Maio de 2018 já tinham saído outros 25.

Sobre as verbas para o INEM, o BE refere que é incompreensível que o INEM possa estar a funcionar com falta de profissionais, sobrecarregando os trabalhadores em funções uma vez que este organismo não está sujeito a cativações.

O Bloco de Esquerda questiona assim o Governo se descativou as verbas para o INEM, tal como aprovado no Orçamento do Estado para 2018 e qual o montante atribuído até ao momento.

O partido quer ainda saber qual o montante que o Governo prevê disponibilizar ao INEM até ao final de 2018 e, em média, por mês, quantas horas extraordinárias são asseguradas pelos trabalhadores do INEM.

"Há poucas semanas, foi aprovada na Assembleia da República uma iniciativa do Bloco de Esquerda (Projecto de Resolução n.º 1497/XIII/3ª) que preconiza o reforço da resposta do Instituto Nacional de Emergência Médica através da contratação dos profissionais em falta. Este projecto, aprovado com os votos favoráveis de todos os partidos e a abstenção do PS, deu origem à Resolução da Assembleia da República n.º 206/2018, de 23 de Julho", explica o BE.

"Há, portanto, um consenso alargado quanto à necessidade de contratar mais profissionais para o INEM. Não há cativações no INEM, devido à iniciativa do Bloco. Implementem-se, com urgência, as medidas já aprovadas na Assembleia da República, reforçando o quadro de trabalhadores do INEM, através da contratação efectiva e não precária dos profissionais necessários ao normal funcionamento deste instituto fundamental para a assistência à população", acrescenta o partido no requerimento enviado ao Governo.

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