Raúl Alarcón é o novo camisola amarela da Volta a Portugal

Primeira vitória da W52-FC Porto na prova.

Foto
Alarcón conquistou a sua primeira vitória nesta Volta a Portugal. LUSA/NUNO VEIGA

Raúl Alarcón (W52-FC Porto) é o novo camisola amarela da Volta a Portugal depois de ter conquistado, neste sábado, a 3.ª etapa, entre a Sertã e Oliveira do Hospital. O espanhol, que venceu a prova em 2017, envolveu-se numa queda com Henrique Casimiro (Efapel) a cerca de 13 quilómetros da meta mas não chegou a cair e aproveitou a situação para “fugir” para a vitória. O anterior camisola amarela Rafel Reis (Caja Rural) cortou a linha de meta 4m10s depois.

Foi ao quarto dia que Alarcón apareceu e deu à sua equipa a primeira vitória da Volta de 2018. E com uma grande exibição. A W52-FC Porto dominou um pelotão, que a 20 quilómetros da meta se encontrava a menos de um minuto da frente da corrida, cada vez mais encurtando a distância. E, percorridos mais cinco quilómetros, a frente foi alcançada.

Depois de ajudar os seus colegas a manter o comando do pelotão, Alarcón decidiu atacar. E a vitória do espanhol poderia nem ter acontecido, porque teve de parar a sua bicicleta devido à queda de Casimiro, que ia logo atrás de si. Perdeu tempo para Vicente De Mateos (Aviludo-Louletano), Edgar Pinto (Vito Feirense Blackjack) e Joni Brandão (Sporting-Tavira), mas recuperou a seguir à contagem de montanha de quarta categoria de Meruge.

Na última subida da etapa, Lagos da Beira, Alarcón já se encontrava isolado, e desta forma cruzou a meta. Atrás de si, chegaram De Mateos e Edgar Pinto, que terminaram a tirada em segundo e terceiro, respectivamente.

No final, o ciclista do FC Porto afirmou que o que se passou estava nos planos da equipa: “Tínhamos planeado atacar na fase final. Tentei na subida, mas depois deu. Fui no limite até ao final e no fim consegui a vitória e a camisola amarela. Até agora está a ser uma corrida muito dura devido ao calor”.

As elevadas temperaturas continuam a ser um actor principal na 80.ª Volta a Portugal. Quatro ciclistas saíram da prova: Cristian Pita (Team Ecuador), Mario Gonzalez (Sporting-Tavira), Maris Bogdanovics (Amore & Vita) e António Barbio (Miranda-Mortágua).

E foi precisamente o calor, juntamente com o natural cansaço dos ciclistas, que afectaram também a velocidade média da etapa. Quando já tinham passado quatro horas de corrida, ela era de 37km/h.

Não foram só os ciclistas afectados pelo calor, como também a “Etapa Rainha” da prova. O percurso da 4.ª etapa, que se realiza neste domingo entre a Guarda e a Covilhã, sofreu um “corte” nos 171,4 quilómetros, que passaram para 144. A organização da Volta retirou a passagem pela Torre e substituiu-a por uma subida às Penhas Douradas, justificando a sua decisão com as “altas temperaturas que continuam a registar-se e aos elevados níveis de cansaço do pelotão provocados pelo calor”.

Sugerir correcção
Comentar