Italiano Riccardo Stacchiotti vence primeira etapa ao sprint

Rafael Reis beneficia de chegada em pelotão e mantém camisola amarela.

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Calor obrigou a medidas extremas, com os Bombeiros a refrescarem o pelotão
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Calor obrigou a medidas extremas, com os Bombeiros a refrescarem o pelotão NUNO VEIGA/LUSA

Ricardo Stacchiotti (Mstina-Focus) venceu ao sprint a primeira etapa da 80.ª edição da Volta a Portugal em bicicleta, entre Alcácer do Sal e Albufeira, a segunda mais longa da prova, com 191,8 km, que o pelotão cumpriu em 5h14m43s.

Rafael Reis (Caja Rural) mantém a camisola amarela, embora conte com menos um companheiro para ajudar a defender a liderança na segunda etapa, já que Joaquim Silva (a aposta para a geral individual da equipa espanhola) foi o primeiro a abandonar, a 66km da meta, na sequência de um golpe de calor.

Sem bonificações, a chegada compacta protegeu o líder, que esta envergará a amarela na etapa mais longa da Volta a Portugal: 203,6km entre Beja e Portalegre, mais uma vez sob temperaturas elevadas, factor potenciado pelo distanciamento da brisa litoral.

Com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) a antecipar (por defeito) máximos de 43 graus para Grândola e 40 graus para Odemira, uma das medidas adoptadas pela direcção da corrida foi a abertura excepcional do abastecimento líquido logo após a saída do pelotão de Alcácer do Sal.

A sede de protagonismo provocou as primeiras escaramuças, enquanto Cristian Bolaños (Team Ecuador) aproveitava para vencer a primeira meta volante, seguido de Mario Vogt (Sapura Cycling), que haveria de ser o grande protagonista da etapa. O ciclista alemão assumiu o comando na primeira contagem de montanha em Santa Margarida da Serra, destacando-se para conquistar uma vantagem que se cifrava em quatro minutos após os primeiros 60 km de corrida, tendo atingido os 5 minutos de diferença para o pelotão. 

Antes de ceder, a 32 km da chegada, o ciclista de Estugarda garantia mesmo a liderança do prémio de montanha, somando os pontos reservados ao vencedor das duas contagens de Odemira, com Kuban Errazkin (Vito-Feirense) e Cristian Bolaños (Team Ecuador) a serem segundo e terceiro, respectivamente, na luta pela camisola azul. Com Vogt fora da equação da vitória, as equipas agitaram-se em busca de uma vitória que acabaria por decidir-se entre os sprinters.

O trio formado por Rui Rodrigues (Aviludo-Louletano), Jesse Ewart (Sapura) e Pierpaolo Ficara (Amore & Vita) - que passou por esta ordem na última meta volante, na Portela de Messines - ainda conseguiu entrar isolado nos últimos três quilómetros, altura em que o pelotão, indiferente ao vento, ao calor e a uma queda que envolveu o sportinguista Joni Brandão, assumia o controlo.

Na hora das decisões, depois de Rinaldo Nocentini (Sporting) ter tentado isolar-se e de Raúl Alarcón (W52-FC Porto) se ter mostrado à concorrência, prevaleceu a força, velocidade e técnica dos sprinters, com César Martingil (Liberty) mais uma vez em destaque, mas sem argumentos para Stacchiotti.

ETAPA

1.º Riccardo Stacchiotti (Mstina) 5h14m43s

2.º Luís Mendonça (Aviludo-Louletano) m.t.

3.º César Martingil (Liberty) m.t.

4.º Vicente Mateos (Aviludo-Louletano) m.t.

5.º Trond Trondsen (Team Coop) m.t.

GERAL

1.º Rafael Reis (Caja Rural) 5h17m01s

2.º César Martingil (Liberty) a 2 s

3.º Daniel Mestre (Efapel) a 3 s

4.º Domingos Gonçalves (Boavista) a 4 s

5.º Olivier Pardini (Differdange) m.t.

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