Cartas ao director

Vida facilitada?!

Ainda ontem foi anunciada mais uma boa notícia para facilitar a vida (difícil) dos cidadãos: uma nova competência gerada no âmbito da Modernização Administrativa, a tocar em áreas de outros ministérios, que se saúda. Porém, a medida não tocou, pelos vistos, na Segurança Social, que exige a presença ao balcão para se obter uma declaração necessária para a matrícula na escola e obtenção de apoio escolar. Ora, dispondo a Segurança Social dos dados necessários para aquele efeito, não se compreende a referida exigência. 

Nestas desnecessárias andanças já se perderam duas manhãs inteiras. Amanhã, em havendo senhas, será mais uma etapa de tempo perdido, que ninguém cuida de avaliar e acautelar. Entretanto, esgota-se o prazo estipulado pela(s) escola(s) para a entrega da declaração, podendo perder-se o apoio escolar.

Talvez não fosse muito má ideia se representantes dos vários serviços envolvidos (Segurança Social, Educação, Modernização Administrativa) se sentassem a uma mesa e tratassem de resolver de uma vez por todas este tipo de aberrações. Mais que simples!

Manuel Figueiredo, Póvoa de Varzim

Engrandecer as NEE
Na atualidade, apesar dos progressos evidentes ao nível das Necessidades Educativas Especiais (NEE) urge reconhecer as lacunas em contexto escolar mediante o número de professores tutores e das equipas multidisciplinares. Pôr em causa a ausência destes profissionais significa comprometer todo o processo ensino-aprendizagem dos educandos referenciados bem como o seu futuro, e o Ministério de Educação sabe disso. Circunstâncias que, obviamente, não estão em consonância com a igualdade de direitos. Compete, como tal, aos governantes assumirem este desafio de forma abrangente e abandonarem a vertente ilusória e economicista sobre a dimensão dos resultados alcançados que permita vencer a segregação social e suas prováveis consequências. É que é tempo de corrigir os erros e assim contribuir para uma sociedade mais humana.
Manuel Vargas, Aljustrel

Dívida dos portugueses

De cada vez que o país vai ao mercado para se financiar, é pouco relevante se os juros são baixos ou altos, porque independentemente desse factor, todos os portugueses estão a acumular uma divida que vai perdurar por gerações, com as consequências futuras que terão os seus reflexos na autonomia do país.

Este factor resulta de sermos um país que consome mais do que produz, e que se mostra incapaz de tirar partido do seu potencial económico, gerando receitas que nos tornem auto-suficientes, quando ao longo da história adquirimos conhecimentos e demonstramos capacidade de realização em muitas áreas.

Não nos damos conta que o principal problema do país é a nível estrutural, onde existem organismos que consomem dinheiro dos contribuintes, sem cumprirem os propósitos para que foram criados, foram projectos sem viabilidade económica cujo custo dos estudos efectuados ainda estamos a pagar, entidades financiadas pelo Estado onde não existe retorno financeiro, entre outros factores, em que se gasta o dinheiro dos contribuintes, sem proveito para os mesmos.

Américo Lourenço, Sines

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