A organização da Volta à Franca em bicicleta afastou da prova o britânico Chris Froome, a braços com um teste de doping positivo. A decisão surge duas semanas depois de o antigo ciclista Bernard Hinault ter apelado ao boicote da corrida caso Froome fosse admitido e participasse. De acordo com o Le Monde, a equipa de Froome, a Sky Team, vai recorrer da expulsão perante o Comité Olímpico e Desportivo francês.

O Guardian e o Le Monde revelaram, em Dezembro de 2017, que Froome tinha acusado positivo numa análise de urina depois de uma das etapas do Tour desse ano. A análise à urina do ciclista, que venceu a prova quatro vezes, tinha o dobro dos valores permitidos pela Agência Mundial de Antidopagem da substância salbutamol, que é utilizada para o tratamento da asma e que serve como estimulante pulmonar.

O britânico referiu na altura que estes valores se deviam a um conselho da equipa pois a asma de que padece tinha piorado.

A próxima edição da Volta à França tem início a 7 de Julho e de novo tem de lidar com uma questão relativa ao doping de uma das figuras maiores. O norte-americano Lance Armstrong perdeu os sete títulos conquistados entre 1998 e 2005 e Alberto Contador foi suspenso, em 2012, por dois anos, também devido a análises positivas.

Por isso, a pressão sobre a organização cresceu nos últimos tempos. Hinault, a grande figura do ciclismo mundial dos finais da década de 70 e dos anos 80, afirmou que Froome “não deveria fazer parte do Tour”. “O pelotão deveria pôr um travão e dizer que não começam a corrida se ele estiver presente", defendeu Hinault.