México bem lançado para a qualificação

“El Tri” alcança segunda vitória no Mundial 2018, triunfando sobre a Coreia do Sul, que ainda não fica de fora da luta.

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Reuters/DARREN STAPLES

O México é um país de futebol e sobre isso ninguém tem dúvidas e um país que está na história dos Mundiais, mesmo nunca tendo vencido nenhum. Em 2026 irá tornar-se no primeiro país a receber três fases finais do torneio, depois de o ter feito em 1970 e de o ter recebido numa emergência em 1986, mas “El tri” nunca foi particularmente longe em Mundiais. O que tem feito na Rússia sugere, no entanto, um destino diferente. Depois de ter deixado a Alemanha em estado de choque, o México voltou a dar uma prova de força com um triunfo sobre a Coreia do Sul, por 2-1, em jogo da segunda jornada do Grupo F.

Neste sábado, em Rostov, o México, com os portistas Hector Herrera e Miguel Layún no “onze”, foi exactamente aquilo que já tinha sido frente à Alemanha, uma equipa de progressão rápida só com olhos para a baliza contrária. Mas levou algum tempo até conseguir apanhar distraída uma Coreia mais compacta. E durante quase meia-hora foi um jogo repartido, com oportunidades para ambos os lados.

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Logo aos 12’, é “Chicharito” Hernández a cabecear ao lado, mas, no minuto seguinte, são os asiáticos a atacar com muito perigo. Hwang avança pelo flanco esquerdo, ultrapassa um defesa mexicano e faz o cruzamento atrasado para Lee, mas o rapidíssimo Lozano aparece a interceptar o remate.

Foi em velocidade que o México conseguiu desbloquear o jogo aos 24’. O capitão Guardado conseguiu ganhar o flanco e tentou o cruzamento, com Jang, no chão, a desviar a bola com o braço. O árbitro sérvio Milorad Mazic não teve dúvidas em assinalar penálti e, na conversão do castigo, Carlos Vela fez o 1-0. Era o golo de que o México precisava para se libertar, depois de ter passado um mau bocado até então. E, logo de seguida, podia ter marcado outra vez, com um excelente remate aos 28’ do portista Miguel Layún, com a bola a passar ligeiramente por cima.

A tendência do jogo manteve-se na segunda parte, com o México a aproveitar o espaço que a Coreia, obrigada a jogar no risco, ia abrindo. Lozano, que marcara o golo do triunfo frente à Alemanha, voltou a ser um dínamo no ataque do México e foi ele que construiu a jogada do segundo golo, aos 66’. O extremo conduziu a bola até à área e deixou-a ao alcance do pé esquerdo de “Chicharito” para o 2-0, o 50.º golo do avançado do West Ham pela selecção e o seu primeiro no torneio.

A Coreia não teve capacidade para responder e o máximo que conseguiu foi reduzir a desvantagem por intermédio de um grande golo de fora da área, na compensação, daquele que é a sua grande “estrela”, Son, avançado do Tottenham. Mas não foi o suficiente para evitar mais uma derrota coreana, a décima nos seus últimos 11 jogos no Mundial, que deixou os asiáticos sozinhos na última posição de um grupo em que está tudo ainda por decidir.

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