Suíça vira a Sérvia de pernas para o ar

Triunfo obtido pelos helvéticos, no último minuto, permite-lhes igualar o Brasil no Grupo E.

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LUSA/LAURENT GILLIERON

Esteve em desvantagem na primeira jornada e empatou; esteve em desvantagem na segunda jornada e conseguiu uma proeza ainda maior. A Suíça somou nesta sexta-feira o quarto ponto no Grupo E ao derrotar a Sérvia (1-2), que tinha entrado com uma vitória no Mundial e procurava o apuramento imediato para os oitavos-de-final. O golo do triunfo surgiu precisamente no último minuto do tempo regulamentar, em Kaliningrado.

Com as duas selecções estruturadas em 4x2x3x1, foi a Sérvia a entrar mais forte. Forte nos duelos individuais a meio-campo e a dar largura ao jogo, chegou por duas vezes consecutivas à área contrária e, logo aos 5', inaugurou o marcador: cruzamento perfeito de Tadic e cabeamento cirúrgico de Mitrovic, entre os centrais.

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Mas a Suíça já tinha visto um filme semelhante na primeira jornada, diante do Brasil. E sabia que tinha de reagir. As dificuldades mantiveram-se até aos 25', porque Dzemaili e Xhaka não conseguiam construir com critério e a bola não chegava a zonas de criação, mas à medida que a intensidade sérvia foi baixando e que a organização defensiva dos helvéticos foi retomada, a partida começou a entrar numa outra fase.

Na segunda parte, a tendência acentuou-se: a Suíça, que trocou Seferovic por Gavranovic ao intervalo, foi ganhando metros no terreno, foi-se apoderando da iniciativa e chegou ao empate aos 52'. Num lance de insistência construído pelo corredor direito, que assistiu a um duelo de veteranos (Lichtsteiner contra Kolarov), houve uma segunda bola que ficou à mercê de Xhaka e o médio do Arsenal não hesitou, facturando de fora da área.

Milinkovic-Savic, uma das estrelas do momento na Sérvia, estava demasiado encurralado no corredor central, enquanto do lado oposto o artista de serviço começava a libertar-se. Xherdan Shaqiri, num palmo de terreno, arrancou um remate ao poste aos 58' e colocou Stojkovic em sentido. A Suíça queria mais, mas não estava disposta a arriscar em demasia. Teria de esperar por um deslize do adversário, que surgiu aos 90', quando os sérvios se expuseram no ataque e foram apanhados em contrapé.

Dois passes verticais bastaram para deixar Shaqiri isolado e com hipóteses de resolver o jogo. O atacante do Stoke City correu 50 metros e, à saída do guarda-redes, desviou a bola para o segundo poste, assinando o 22.º golo pela selecção. Um golo que baralhou as contas do grupo, empurrando a Sérvia para o terceiro lugar (três pontos) e catapultando os suíços para o segundo, com os mesmos quatro pontos do Brasil.

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