Fernando Santos diz que num jogo "é preciso tocar violino e bombo"

O seleccionador nacional acredita no apuramento português para os oitavos-de-final.

Foto
Fernando Santos LUSA/PAULO NOVAIS

O seleccionador Fernando Santos disse nesta quinta-feira que Portugal vai estar bem na segunda-feira contra o Irão e garantir o apuramento para os oitavos-de-final do Mundial 2018 de futebol, prometendo uma equipa mais forte na fase a eliminar.

"Há três equipas que ainda podem passar. Só quero ficar nos dois primeiros, o resto não interessa para nada", sintetizou, defendendo que a qualificação para os "oitavos" libertará os campeões da Europa.

Apesar de duas exibições aquém do esperado, no 3-3 com a Espanha e no triunfo 1-0 sobre Marrocos, com quatro golos de Cristiano Ronaldo, o técnico envia "uma mensagem de absoluta confiança" de que Portugal vai passar, "perante um adversário muito difícil como o Irão".

"Sabendo as características do Irão, temos, em primeiro lugar, de procurar a vitória. Não pensarmos em jogar para o empate, pois isso não serve para nada. Pensar na vitória, mas com a consciência de que temos um opositor forte e ainda na disputa do apuramento. Isso é muito importante", advertiu.

Fernando Santos diz que os seus pupilos "estão bem, com alegria e prazer" e frisou: "Tenho grande confiança neles. A pressão exterior existe e eles também querem sempre mais. A equipa está liberta, vai ser um bom jogo, vamos seguir em frente e nos oitavos de final a gente verá."

Maior pressão na primeira fase

Na opinião de Fernando Santos “esta primeira fase, de passar aos oitavos-de-final, é o momento de maior pressão. Porque depois, a partir daqui, é tudo ou nada. É cada jogo, não pensas para amanhã, só para hoje”, justificou.

O empate 3-3 com a Espanha e o triunfo 1-0 sobre Marrocos, com quatro golos de Cristiano Ronaldo, merecem do técnico nota satisfatória, contudo o desempenho dos seus pupilos não atinge o mesmo nível de agrado.

“Quanto aos resultados, nota claramente positiva. Sete, seguramente. Sobre as exibições, seis. Portugal está em óptima posição para seguir em frente. Não estou satisfeito, conhecem-me bem, mas assino por baixo o resultado de quarta-feira para todos os jogos. Ponham aí: 1-0 sempre para a minha equipa. Assino já por baixo. Porém isso não significa que fico satisfeito”, advertiu.

Fernando Santos recorda que não é apenas Portugal a sentir problemas com opositores de menor dimensão, sublinhando o que tem acontecido, entre outros, com a Espanha – “com todos os jogadores de grande maturidade, tiveram um jogo extraordinariamente difícil com o Irão” -, Argentina ou Alemanha.

Contra o Irão de Carlos Queiroz, equipa que muito valorizou, recordando as “muitas dificuldades criadas à Espanha”, com quem perdeu 1-0, defende o pragmatismo da exibição em prol do resultado.

“É preciso perceber no jogo que é preciso tocar violino, mas também o bombo, pois também é muito importante”, avisou.

Diante dos iranianos, o técnico quer uma equipa com “equilíbrio”: “Agressivos, não deixar jogar, ganhar as disputas individuais, mais lances um contra um e mais capacidade ofensiva em campo”.

 

 

Portugal e o Irão de Carlos Queiroz defrontam-se às 21h (19h em Lisboa) de segunda-feira, em Saransk, na terceira e última jornada do grupo B do Campeonato do Mundo.

Sugerir correcção
Ler 2 comentários