Novo Diário de Notícias ao domingo quer vender 25 mil exemplares

“O destino dos grandes jornais é criar e andar”, defendeu Ferreira Fernandes. Preço de capa aumenta e formato também.

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O DN vai mudar Joana Goncalves

“Bom dia, futuro!”, foi assim que o director do Diário de Notícias, Ferreira Fernandes, apresentou o novo projecto do diário que vai passar a ter apenas uma edição impressa, ao domingo, reforçando a oferta de revistas e a edição online.

“Desde 1864 [data da fundação], o DN viu dezenas de jornais desaparecerem, mas soube sempre rejuvenescer-se”, prosseguiu o administrador da Global Media, Daniel Proença de Carvalho, na cerimónia de apresentação do novo jornal no Cinema de São Jorge, em Lisboa. E o que vai o DN trazer de novo? A partir de dia 1 de Julho, várias coisas.

O preço de capa vai subir (para três euros), aproximando-se do preço dos semanários. Terá um caderno especial temático chamado 1864, em alusão à data da sua fundação, que contará com a colaboração de Nuno Artur Silva, ex-administrador da RTP para a área dos conteúdos. O formato do jornal também crescerá, tornando-se parecido com o Expresso (formato berliner).

Haverá ainda quatro revistas (uma diferente em cada semana): a DN Life (dedicada a questões de saúde, comportamento e família); Evasões 360 (viagens e percursos); DN Insider (economia digital e tecnologias) e DN Ócio (dedicada ao lifestyle e ao luxo). Estas revistas estarão à venda durante todo o mês, sendo que o Dinheiro Vivo, actualmente a sair ao sábado, passa a fazer também parte da edição de domingo.

O objectivo do DN é, até ao final do ano, passar a vender ao domingo 25 mil exemplares e, no online, passar dos actuais 29 milhões de pageviews para 50 e dos actuais 4 milhões de visitas para 15 milhões.

Segundo Ferreira Fernandes, a escolha do domingo tem a ver com o facto de “os jornais em papel  já não se lerem durante a semana”. “Ao domingo, o prazer de ler pode ser longo”, sublinhou.

Germano Almeida como colunista

O jornal, que vai recuperar o logotipo com o nome por extenso em vez da actual sigla, vai ter novos colunistas como o escritor cabo-verdiano e prémio Camões, Germano Almeida, o biógrafo e escritor brasileiro Ruy Castro, o historiador e crítico literário António Araújo, anunciou ainda o director.

Na vertente digital, o DN continuará a ter uma primeira página, disponibilizada a partir da meia-noite e que contará com histórias exclusivas do jornal que se tornarão na sua newsletter matinal todos os dias. “Teremos uma capa todos os dias”, frisou a directora executiva do DN, Catarina Carvalho, destacando como palavras-chave do novo projecto “edição, curadoria e escolha”. “E resolvemos fazer um jornal bonito. Para além de ser lido, também é para ser visto”, explicou. “O destino dos grandes jornais é criar e andar”, reforçou Ferreira Fernandes.

Na apresentação do novo DN, que será divulgado com uma campanha publicitária com o slogan “Um diário para os nossos dias”, estiveram presentes o ministro da Cultura, Luís Filipe Castro Mendes, e o presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, que destacou o facto de o DN ser visto como “um jornal da cidade de Lisboa”.
 

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