“Um jogo duro” para Espanha, mesmo com “superjogadores”

Carlos Queiroz sublinha que a eficácia será fundamental para o Irão conseguir pontuar.

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Jogadores espanhóis estão obrigados a vencer o encontro frente ao Irão Reuters/JOHN SIBLEY

Desde o Mundial de 2006, disputado na Alemanha, que a Espanha não consegue vencer o primeiro jogo. O empate frente a Portugal não foi, de todo, um mau resultado, mas a vitória do Irão sobre Marrocos veio complicar as contas aos espanhóis. “La roja” está obrigada a vencer o jogo de quarta-feira, de modo a transitar para uma posição mais confortável no Grupo B. O Irão, por sua vez, precisará de surpreender novamente e pontuar, de modo a ficar a um passo do apuramento para os oitavos-de-final, algo inédito na história da selecção do Médio Oriente. O encontro de amanhã à noite (19h), em Kazan, assinala, também, o primeiro duelo entre Espanha e Irão no Mundial.

Na conferência de antevisão à partida, Andrés Iniesta garantiu que, apesar de nociva, a saída de Julen Lopetegui foi ultrapassada pelos jogdores: “Queremos deixar para trás essa mudança. É verdade que não foi benéfica para ninguém, mas confiamos no nosso treinador e estamos prontos para seguir em frente”.

Fernando Hierro tem, na quarta-feira, uma segunda oportunidade para conquistar os três pontos. Porém, a partida frente ao Irão não será favas contadas, alertou o seleccionador espanhol: “[O Irão] é uma selecção sólida, na defesa e no ataque. Não é nada fácil marcar-lhes golos. É uma equipa poderosa a nível físico e será um jogo muito duro”.

Fácil será a decisão para a baliza espanhola, garantiu o treinador, assegurando que o erro de De Gea no jogo inaugural não beliscou a confiança no guardião: “Ele vai jogar de início e temos total confiança nele”, rematou Hierro.

Do lado iraniano, a vitória sobre Marrocos, na sexta-feira (1-0), significou o fim de um “enguiço” que se prolongava há 20 anos. Em 1998, o Irão venceu os EUA por 2-1 e, desde então, não conseguira somar nova vitória na competição. Depois de quebrar a “maldição”, Carlos Queiroz, técnico do Irão, estava claramente bem-disposto na conferência de antevisão do jogo. O português afirmou que a chave para pontuar dependerá do aproveitamento das (poucas) oportunidades de que espera dispor: “É muito difícil ganhar à Espanha, mas acho que o mais importante é a nossa atitude como grupo. Tentaremos aproveitar qualquer oportunidade que possamos ter”.

Queiroz reconhece a diferença de qualidade entre as formações, mas acredita que os seus atletas estão à altura do desafio: “Não temos superjogadores como a Espanha. Quanto mais difícil for, mais os nossos jogadores lutam. Veremos o que acontecerá depois dos 90 minutos. Temos de fazer o melhor jogo de sempre”.

Do lado iraniano, a única baixa de peso é o central Cheshmi, cuja continuidade na competição está em dúvida devido a uma lesão muscular. O capitão da formação iraniana, Masoud Shojaei, demonstrou tristeza pela ausência do colega de equipa, mas acredita que a equipa irá superar a sua ausência: “Apesar de não termos a sua presença, temos uma boa razão para lutar, que é fazê-lo feliz e dedicar-lhe os bons resultados”.

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Carlos Queiroz acredita que os seus jogadores irão surpreender a Espanha FIFA / DR

Texto editado por Nuno Sousa

 

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Estádio do Rubin Kazan irá receber a partida FIFA / DR
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