Froome anula ataques e prepara coroação em Roma
Dumoulin tentou assaltar a liderança, mas foi Mikel Nieve a vencer a penúltima etapa do Giro.
O ciclista britânico Chris Froome (Sky) terá garantido este sábado o triunfo final na Volta a Itália, ao segurar a liderança após a 20.ª e penúltima etapa, ganha pelo espanhol Mikel Nieve (Mitchelton-Scott).
Depois de resistir aos ataques do holandês Tom Dumoulin (Sunweb), Froome manteve o avanço sobre o vencedor de 2017 e deverá festejar, no domingo, o triunfo em Roma.
Na última etapa de montanha, que ligou Susa e Cervinia (214 quilómetros), Nieve terminou isolado, em 5h43m38s, menos 2m17s do que o holandês Robert Gesink (LottoNL-Jumbo) e menos 2m42s do que o austríaco Felix Grossschartner (Bora-hansgrohe).
O português José Gonçalves (Katusha-Alpecin) terminou a etapa na 27.ª posição, a 12m16s de Nieve, e subiu ao 14.º posto, a 34m29s de Froome. Caso confirme o 14.º lugar, Gonçalves iguala André Cardoso (2016) como segundo melhor português do século no Giro, com os dois ciclistas a serem apenas batidos por José Azevedo, quinto em 2001.
Chris Froome garantiu, assim, virtualmente a vitória final da Volta a Itália, depois da fuga épica da véspera, que o guindou do quarto lugar à liderança. Froome só precisa de chegar a Roma para juntar o Giro de 2018, ao Tour e à Vuelta de 2017.
Apenas dois ciclistas conseguiram ganhar as três provas de forma consecutiva: Eddy Merckx venceu o Giro de 1972, o Tour de 1972, a Vuelta de 1973 e o Giro, de novo, em 1973, antes de Bernard Hinault vencer em Itália e França, em 1982, e triunfar em Espanha, em 1983.
"Ainda não está acabado, mas a batalha já terminou. É um sentimento fantástico, porque há dois dias estava em quarto", disse Froome.
À partida para a penúltima etapa, Froome tinha 40 segundos de avanço sobre Dumoulin, mas resistiu aos ataques do vencedor de 2017 na terceira e última contagem de montanha do dia, que coincidiu com a meta, e ainda aumentou em seis segundos a vantagem.
"Nos dois últimos dias ele esteve forte, mas não tenho lamentos. Dei tudo o que tinha", admitiu Dumoulin.
Por seu lado, o espanhol Mikel Nieve – que venceu isolado a etapa - deu uma pequena alegria à Mitchelton-Scott, depois de na véspera o britânico Simon Yates ter perdido quase 40 minutos quando vestia a camisola rosa.
O francês Thibaut Pinot (Groupama-FDJ), que era terceiro da geral, perdeu 45m32s e caiu a pique na classificação. O grande beneficiado acabou por ser o colombiano Miguel Angel Lopez (Astana), que subiu ao terceiro lugar do pódio, além de ter segurado a camisola da juventude, com 47 segundos de avanço sobre o equatoriano Richard Carapaz (Movistar), quarto da geral.
A 101.ª edição da Volta a Itália termina com a 21.ª etapa, a ter partida de e chegada a Roma, num percurso de 115 quilómetros.
.@NieveMikel wins his third #Giro stage on the day of his birthday! Previously he had won on the 20th of May 2011 in Gardeccia and on the 20th of May 2016 in Cividale del Friuli. #Giro101 pic.twitter.com/VPNs4UPpPx
— Giro d'Italia (@giroditalia) May 26, 2018