Aumentou a responsabilidade

Seguramente que a dificuldade desta solução governativa foi ultrapassada pelo seu próprio sucesso.

O Partido Socialista realiza nos próximos dias o 22.º Congresso Nacional. Este congresso realiza-se num momento em que os portugueses constataram, com clareza, que, na governação do país, havia um outro caminho, de confiança, de crescimento económico, de mais emprego e de consolidação das contas públicas e que, ao invés de assentar em mais austeridade e na redução de direitos e rendimentos dos cidadãos, era possível fazê-lo em diálogo e em concertação permanente com os portugueses.

Este diálogo, com confiança e credibilidade, foi a fórmula que a governação socialista implementou na política portuguesa desde novembro de 2015. Foi possível, por isso, chamar à construção de consensos de governação forças políticas que, até aí, nunca tinham estado disponíveis. Seguramente que a dificuldade da solução foi ultrapassada pelo seu próprio sucesso.

Nestes anos, o PS foi capaz de liderar esta mudança de fazer política em Portugal, incluindo todos e não excluindo ninguém. É agora preciso continuar, debatendo ideias e não dogmas e fazê-lo com transparência. Este é um motivo de orgulho para o PS que, ao contrário de nos satisfazer, nos deve aumentar a nossa responsabilidade ao serviço dos portugueses.

Os desafios são assim cada vez mais exigentes para que os portugueses vejam o PS como o partido mais capaz de os representar, com confiança, nos desafios do futuro.

É nesse quadro que precisamos de um PS de dirigentes e militantes cada vez mais responsáveis, atentos e exigentes na prestação de contas na governação, na política nacional, regional ou local. Sob pena de colocarmos em causa a democracia, a política e a confiança nunca se podem separar. A sociedade exige-o à política, ao serviço público, aos partidos e ao nosso PS. Membro da Comissão Política do PS

O autor escreve segundo o novo Acordo Ortográfico

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