Maduro vence eleições presidenciais que a oposição não reconhece

A legitimidade dos resultados das votações deste domingo está a ser rejeitada não só pela oposição venezuelana, mas também pela comunidade internacional.

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Nicolás Maduro foi reeleito nas presidenciais deste domingo na Venezuela, ainda que a oposição rejeite a legitimidade da votação e considere que existem centenas de irregularidades em todo o processo eleitoral. A oposição tinha apelado ao boicote às urnas, mas Maduro conseguiu renovar o mandato presidencial de seis anos.

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Nicolás Maduro foi reeleito nas presidenciais deste domingo na Venezuela, ainda que a oposição rejeite a legitimidade da votação e considere que existem centenas de irregularidades em todo o processo eleitoral. A oposição tinha apelado ao boicote às urnas, mas Maduro conseguiu renovar o mandato presidencial de seis anos.

Os membros do Governo disseram que o sufrágio foi “livre e justo”, mas a oposição não concordou. “Não reconhecemos este processo eleitoral como válido. Temos de ter novas eleições na Venezuela”, disse o ex-chavista Henri Fálcon, crítico do actual Governo venezuelano e candidato à presidência de um país assolado por uma grave crise económica e social. Outro candidato presidencial, o pastor evangélico Javier Bertucci (que já tinha acusado o Governo de manipular os eleitores) pediu nova votação. 

Também houve críticas por parte da comunidade internacional: os Estados Unidos consideraram a votação uma “farsa” e ameaçaram o país com sanções no sector petrolífero, diz a Reuters; a União Europeia alertou que as circunstâncias em que decorreram as eleições eram injustas; o Presidente chileno, Sebastián Piñera, não reconheceu as eleições, dizendo que não cumpriram “os critérios mínimos de uma democracia”; o Governo do Panamá adoptou uma postura semelhante e também não reconheceu a legitimidade da votação.

No discurso de vitória, Nicolás Maduro foi conciso: “Subestimaram-me”.

Com mais de 90% dos votos contados, Nicolás Maduro tinha 67,7% dos votos a seu favor; já o rival Falcón tinha 21,9%.

A abstenção, diz a Reuters citando a comissão de eleições, terá rondado os 53% — mas a oposição diz que este valor não é real e que só 30% dos venezuelanos terão votado.