Ex-seleccionador do Japão processa federação e o seu presidente

Vahid Halihodzic sente-se "traído e destroçado" pela demissão. "Nós estamos a fazer isto pela nossa honra e não há preço que pague a honra de alguém", vincou o advogado do treinador bósnio.

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O treinador bósnio considera "incompressível" o motivo do seu afastamento do comando da selecção nipónica Reuters/DAMIR SAGOLJ

O ex-seleccionador de futebol do Japão Vahid Halilhodzic vai processar a federação nipónica e o seu presidente, Kozo Tashima, devido ao despedimento após qualificar a selecção para o Mundial2018, anunciou o advogado do treinador, Lionel Vincent.

Vincent diz que Halilhodzic se sente traído e destroçado pela demissão, pelo que exige um pedido de desculpas do presidente da federação japonesa, bem como uma indeminização simbólica de um iene (menos de um cêntimo de euro). "Nós estamos a fazer isto pela nossa honra e não há preço que pague a honra de alguém", vincou o advogado do treinador bósnio de 65 anos. No final de Abril, em conferência de imprensa, Halilhodzic disse que "não esperava de forma alguma a sua demissão" e que isso lhe parecia "incompreensível".

O treinador, que já trabalhou em selecções como Argélia e Costa do Marfim e em clubes como o Paris Saint-Germain, dirigia a equipa japonesa desde Março de 2015 e conseguiu qualificar-se para o Mundial2018, a disputar na Rússia, embora tenha empatado frente ao Mali (1-1) e perdido diante da Ucrânia (2-1), nos últimos jogos de preparação. O bósnio sucedeu ao mexicano Javier Aguirre em 2015, que foi eliminado da Taça das Nações Asiáticas nos quartos-de-final pelos Emirados Árabes Unidos, em Janeiro do mesmo ano, e desde então conseguiu a qualificação para o Mundial com um registo de seis vitórias, dois empates e duas derrotas.

O japonês Akira Nishino, que além de clubes japoneses passou também pelas selecções jovens nipónicas, foi o escolhido para suceder a Halilhodzic e orientar a equipa no Mundial2018, no qual a selecção integra o Grupo H, com Colômbia, Polónia e Senegal.

 

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