Em 2030, o mundo terá mais megacidades e Nova Deli será a mais populosa do mundo

Actualmente cerca de 55% da população mundial vive em áreas urbanas, mas esta percentagem vai crescer até 2050, altura em que representará 68%, estima as Nações Unidas

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Reuters/ADNAN ABIDI

Dois terços da população mundial viverá em cidades, uma expansão que será sustentada por países como Índia, China e Nigéria. As megacidades também vão aumentar e, dentro de uma década, Nova Deli, na Índia, vai destronar Tóquio, no Japão, e irá tornar-se a cidade com mais habitantes. As estimativas são da Organização das Nações Unidas (ONU).

Actualmente, 55% da população mundial vive em áreas urbanas, mas esta percentagem vai crescer até 2050, altura em que representará 68%. De acordo com o jornal The Guardian, que cita o relatório da ONU publicado na quarta-feira, a Índia, a China e a Nigéria serão responsáveis por mais de um terço dessa expansão.

Tóquio é hoje a cidade mais populosa do mundo com 37 milhões de pessoas, seguida por Nova Deli com 29 milhões e Xangai com 26 milhões. A Cidade do México e São Paulo completam o top cinco com cerca de 22 milhões de habitantes cada uma. Cairo, Bombaim (Índia), Pequim (China) e Daca (Bangladesh) têm quase 20 milhões de habitantes. Cidades com mais de dez milhões de pessoas são classificadas como megacidades.

Em 1990, havia no planeta dez megacidades segundo este critério de classificação. Actualmente são 33 e dentro de 12 anos prevê-se que sejam 43. Neste contexto, Nova Deli deverá ultrapassar Tóquio como a cidade mais populosa no planeta. E a Índia deverá ultrapassar a China como o país com mais habitantes.

Em sentido inverso estão cidades como Nagasáqui (Japão) e Busan (Coreia do Sul) e outras no leste europeu – na Polónia, Roménia, Rússia e Ucrânia – que estão a perder população desde o início deste século.

Para o director da divisão da população das Nações Unidas, John Wilmoth, o crescimento das cidades pode ser positivo. “A crescente concentração de pessoas em cidades é uma oportunidade de fornecer serviços mais económicos. Consideramos que as populações urbanas têm acesso a melhores cuidados de saúde e educação”, apontou, acrescentando que esta concentração também poderá ajudar a minimizar o impacto ambiental assim como ajudar as cidades a projectarem políticas para se prepararem para este crescimento populacional.

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