A Ilha do Papel em Copenhaga vai dedicar-se à água

Foi repositório de jornais, agora ainda é centro industrial, mas no futuro será um centro cultural com uma das piscinas mais estonteantes do mundo. A Dinamarca vai transformar Christiansholm num centro cultural.

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Protótipos digitais do Centro Cultural de Waterfront, em Copenhaga, Dinamarca DR- Kengo Kuma & Associates
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A capital da Dinamarca, Copenhaga, adjudicou ao gabinete de arquitectura Kengo Kuma & Associates, do Japão, a concepção do Centro Cultural Waterfront, a erguer na ilha de Christiansholm. Mais conhecida como Ilha do Papel – porque os jornais locais a usavam para guardar papel –, situa-se na margem leste do porto da cidade e terá um aspecto completamente renovado quando terminarem as obras que aquele gabinete vai supervisionar, em colaboração com os arquitectos dinamarqueses Cornelius Vöge, Søren Jensen Ingenieros e Niels Sigsgaard. A edição espanhola da Condé Nast Traveler não evita o tom entusiástico quando se refere ao projecto, escrevendo que este integra "a mais bela piscina do mundo".

O complexo terá cerca de cinco mil metros quadrados. "O que procuramos é criar uma experiência, e não apenas um objecto independente, algo onde paisagem, arte e arquitectura estejam unificadas e definidas pela água", explicou em comunicado Yuki Ikeguchi, principal arquitecto do projecto. O plano arquitectónico prevê uma série de estruturas piramidais ligadas por canais transparentes. Em vez de uma única frente, será um "edifício multidireccional", facilitando a acessibilidade.

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A água é o elemento central e o design deste centro aquático inclui jogos de luzes e sombras, zonas de saunas e banhos de vapor, assim como uma combinação de materiais que conferem uma certa clareza às linhas do edifício. O tijolo foi o material escolhido para a fachada, "com o objectivo de relacioná-lo com o contexto da região e destacar a qualidade e a estética do artesanato tradicional dinamarquês", explicam os autores.

O complexo inclui piscinas interiores e exteriores que se prolongam em direcção ao mar, dando a percepção de infinidade. "O nosso projecto tenta suavizar e dissolver a borda [das piscinas] e desfocar o sentido de limite da terra", explica Yuki Ikeguchi, citado na revista de viagens norte-americana Travel + Leisure.

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O Centro Cultural Waterfront será dividido em três níveis: a terra, o céu e o oásis. As piscinas principais situam-se no nível térreo, tendo vista para a cidade e para o cais. O nível do céu é dedicado ao bem-estar e é aí que vai ter um ginásio, uma sauna e escritórios. Já no oásis, que tem uma vista panorâmica sobre a capital dinamarquesa, vai existir um jardim de terapia tropical e uma piscina de água quente.

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Foram lançados protótipos digitais que antecipam uma visão futurista da transformação da Ilha do Papel, que depois de servir como repositório da imprensa, se vai dedicar à água. O projecto faz parte de um plano para revitalizar a orla da capital dinamarquesa e, mais concretamente, a Ilha do Papel – actualmente é um centro público que alberga antigos armazéns industriais, eventos e um museu de ciência e tecnologia experimental.

"O projecto cria uma conexão única entre a terra e o mar e vai genuinamente ao encontro da visão da cidade de Copenhaga de trazer algo completamente novo e único", disse a administração local, segundo o jornal Daily Mail.

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