Greve de três dias nos Sapadores contra falta de meios e de efectivos

Corporação está sem novos bombeiros desde 2003 a afirma que o número de efectivos está abaixo do que é recomendado.

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Corporação de Coimbra tem 93 elementos quando deveria ter 167 Paulo Pimenta

 

Os Bombeiros Sapadores de Coimbra vão fazer greve entre esta quarta e sexta-feira em protesto contra a falta de efectivos, de progressão nas carreiras, de formação e de equipamento de protecção individual, foi anunciado nesta terça-feira.

A greve, que decorrerá entre as 09H00 desta quarta-feira e as 21H00 de sexta-feira, visa manifestar "o descontentamento generalizado dos Bombeiros Sapadores de Coimbra" em relação àquelas e a outras situações, afirma uma nota do Secretariado Regional do Centro da Associação Nacional de Bombeiros Profissionais (ANBP) e do Sindicato de Bombeiros Profissionais (SNBP), enviada à agência Lusa.

A corporação, que "não integra novos bombeiros desde o ano de 2003, tem 93 bombeiros, quando deveria ter 167 elementos", afirma a mesma nota, sublinhando que em 2015 foi aberto concurso para a admissão de bombeiros, mas "até à presente data o recrutamento final ainda não está apurado".

"Contra todas as normas da ANPC [Autoridade Nacional de Protecção Civil], o número de efectivos e viaturas nas ocorrências é sempre menor que o recomendado para um bom socorro", destaca o mesmo comunicado.

Além disso, regista-se "a ausência de chefias no corpo de bombeiros, em virtude do congelamento das promoções de carreira", refere a ANBP /SNBP, indicando que "actualmente, o elemento mais graduado" nos Sapadores de Coimbra "tem a categoria de subchefe principal (com oito elementos), quando devia haver mais três postos acima".

Também "falta formação", indica ainda o mesmo comunicado, alertando que o Grupo de Mergulho da Companhia de Bombeiros Sapadores de Coimbra "corre o risco de desaparecer, uma vez que necessita de formação, que não está a ser facultada".

Insuficientes são igualmente os "equipamentos de protecção individual", designadamente casacos para combate a incêndios, tanto urbanos como florestais, e a manutenção em equipamentos e viaturas, exemplifica a ANBP/SNBP.

Durante o período de greve, "foram estabelecidos como 'serviços mínimos' o combate a incêndios, o socorro às populações em caso de incêndios, inundações, desabamentos e em acidentes, o socorro a náufragos e buscas subaquáticas e o socorro e urgência pré-hospitalar, no âmbito do sistema integrado de emergência médica".

 

 

 

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