Mário Rui mantém a “esperança” em disputar o Mundial 2018

O defesa esquerdo do Nápoles, chamado devido à lesão de Fábio Coentrão, pode fazer a estreia pela selecção no jogo de preparação frente ao Egipto

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LUSA/INÁCIO ROSA

O defesa esquerdo Mário Rui, chamado à selecção portuguesa devido à lesão de Fábio Coentrão, revelou nesta quarta-feira que o nervosismo das primeiras horas já passou e que se sente muito bem. "Estou mais calmo, o nervosismo foi mais há dois dias, com a chamada passaram muitas coisas pela cabeça, a primeira vez que era chamado, mas é um sentimento de felicidade", referiu o futebolista, em conferência de imprensa antes de mais um treino.

Mário Rui, que joga no Nápoles, referiu que nunca perdeu a esperança de ser chamado à selecção e que a continuidade dependerá sempre da decisão do seleccionador Fernando Santos, embora para já o sentimento seja de grande alegria. "A esperança nunca a perdi, quando se trabalha mantém-se acesa a esperança, sabia que ia ser difícil e será, mas estar aqui é já motivo de grande orgulho, não estava à espera, mas fico muito contente. Depois será uma decisão do 'mister'", acrescentou Mário Rui. O lateral revelou ainda que estes primeiros dias têm sido muito positivos, com os companheiros de selecção a darem-lhe as boas vindas, a dizerem-lhe para "estar tranquilo" e "aproveitar da melhor maneira".

O futuro na equipa das 'quinas', com o Mundial2018 à porta, não deixa de estar no pensamento de Mário Rui, embora o jogador sublinhe que estará sempre a torcer por Portugal, mesmo que não venha a fazer parte da convocatória final. "Acho que não vou ter que fazer nada de mais do aquilo que fiz, passa muito pelo trabalho que se faz nos clubes, o 'mister 'tem muito por onde escolher, se recair em mim fico contente, se não continuarei a torcer sempre por Portugal", assinalou.

Para já Portugal está no ciclo de preparação, na sexta-feira com o jogo particular com o Egipto e na terça-feira com a Holanda, jogos que são importantes no 'afinar' da máquina para o campeonato do Mundo. "Tem jogadores de muita qualidade [o Egipto], muito parecida às equipas que vamos defrontar, a Holanda está numa fase de reconstrução, mas será mais um jogo importante para a nossa selecção", explicou Mário Rui.

O defesa, de 26 anos, que 'brilha' em Itália -- agora no Nápoles, por empréstimo da Roma, e depois de passagens por Empoli ou Spezia -, saiu cedo de Portugal, numa carreira em que fez parte da formação no Sporting e Benfica. "Saí muito cedo do futebol português, fiz a minha estrada em Itália, comecei por escalões inferiores até chegar onde estou hoje, estou muito orgulhoso e espero melhorar ainda mais", acrescentou.

Mário Rui falou ainda da desilusão que foi para os italianos ficarem fora do Mundial, o que não acontecia há 60 anos, mas que não pensa nestes dias na Série A, ou nas possibilidades do Nápoles ser campeão, com as suas "energias" todas viradas para a selecção. "As minhas energias estão agora na selecção e focado aqui", justificou.

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