João Pina e as duas faces do Rio de Janeiro

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Por estes dias, enquanto decorre a impressão, João Pina sabe que estão a gravar na capa dura de tecido avermelhado do seu mais recente fotolivro um título desactualizado – 46750. É assim que chegará às livrarias em Maio. Este número, que para além de um título é uma contagem tenebrosa, poderia ser, com toda a certeza, revisto em alta. Isto, se o fotógrafo quisesse indicar com precisão os últimos dados disponibilizados pelo Instituto de Segurança Pública (ISP) do Rio de Janeiro sobre o número de homicídios que ocorreram nesta região metropolitana, que por causa de uma nova espiral de violência e do poder do crime organizado viu recentemente os serviços de segurança serem entregues ao comando do Exército, naquela que foi considerada por Brasília “uma medida extrema”. 

 

Ao longo da última década, João Pina foi construindo um corpo de trabalho sobre o Rio de Janeiro que ziguezagueia entre a beleza encantatória e o enraizamento trágico da violência. O fotolivro 46750 ensaia um cruzamento dessas duas faces.


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