Barragens do sul enchem a ritmo “bastante lento”, diz ministro do Ambiente

Situação no concelho de Ourique é uma das que preocupa o ministro. Matos Fernandes alerta que água vai ser um bem cada vez mais escasso.

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Ministro do Ambiente na abertura da conferência sobre alterações climáticas LUSA/MÁRIO CRUZ

O ministro do Ambiente afirmou esta sexta-feira que a chuva tem reposto os níveis de água das barragens, mas a um ritmo "bastante lento" no sul do país, frisando que o cuidado com o consumo de água tem que continuar.

"Temos que separar o país ao meio. A norte do rio Tejo, as barragens estão muito próximas da sua capacidade máxima e algumas já a atingiram", afirmou João Pedro Matos Fernandes aos jornalistas à margem de uma conferência sobre alterações climáticas organizada pela Ordem dos Engenheiros.

No sul, embora esteja a haver "encaixes de água a cada dia", ainda há situações preocupantes, como a da barragem de Monte da Rocha, no concelho de Ourique, que abastece "um conjunto vasto de habitantes", e que ainda está com apenas 9,6% da capacidade. "O solo estava muito seco e absorveu muita água", referiu o ministro.

Embora as previsões meteorológicas sejam de mais chuva, "a preocupação com a seca e a responsabilidade de cada um não se altera em nada", salientou. "A água vai ser cada vez mais escassa. Agricultores, industriais e cidadãos urbanos têm mesmo que consumir menos água", defendeu.

João Pedro Matos Fernandes apontou que a campanha contra o desperdício é "independente do nível de água nas albufeiras". "As restrições podem colocar-se. Para que isso não aconteça temos mesmo que poupar água", reiterou.

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