Pais manifestam-se contra “violência entre alunos”
A concentração de pais foi marcada na sequência de uma agressão de um encarregado de educação a um funcionário.
Um grupo de pais de alunos da escola básica do Padrão da Légua, em Leça do Balio, Matosinhos, manifestou-se, nesta segunda-feira, em frente à escola contra a "insegurança" no estabelecimento devido a "casos de violência" entre alunos.
De acordo com fonte da Associação de Pais daquele estabelecimento, os pais reclamam que as medidas preventivas e disciplinares previstas por lei sejam aplicadas na escola. "Precisamos de mais psicólogos, animadores, assistentes sociais, o que for preciso. Precisamos que nos ajudem a ter uma escola normal, sem indisciplina", disse.
Questionada pelos jornalistas sobre o que tem acontecido dentro da escola, a responsável afirmou que "há alunos a entrar e a sair das aulas sem controlo, há insultos a professores e agressões a miúdos nos recreios", por exemplo.
A Associação de Pais referiu também que já manifestou preocupação e o descontentamento junto da direcção escola, contudo, a resposta foi a de que "estas medidas disciplinares não são aplicadas no ensino básico". "Não é essa a interpretação que fazemos do regulamento", sublinhou, referindo ainda que "há crianças com medo de ir à casa de banho sozinhas".
A concentração de pais foi marcada na sequência de uma agressão de um encarregado de educação a um funcionário, na semana passada, disse, acrescentando, contudo, que esse não é motivo da manifestação, apenas foi "a gota de água para os pais se juntarem e manifestarem contra a indisciplina que existe" no estabelecimento de ensino.
Contactada pela Lusa, fonte da Câmara de Matosinhos afirmou que a autarquia "está a par do problema" e admitiu mesmo que a estratégia implantada, que passou por mobilizar mais meios do que o habitual para aquele estabelecimento, "não está a funcionar". "A Câmara está em contacto com o Ministério da Educação para aprofundar a estratégia para lidar com a situação", frisou.
Quando ao início da manhã chegou ao local, a Associação de Pais deparou-se com a escola encerrada, sem saber porquê. Fonte da autarquia explicou à Lusa que a escola não abriu ainda, "porque alguém partiu uma chave na fechadura", que terá agora que ser substituída.