A fasquia estava nos 75%, os sócios responderam com 87% e Bruno de Carvalho foi o grande vencedor da Assembleia Geral do Sporting onde colocou a sua liderança nas mãos dos sportinguistas.

O presidente "leonino" tinha feito depender a sua continuidade no clube da aprovação das mudanças estatutárias e recebeu uma aprovação esmagadora. A alteração dos estatutos foi aprovada com 87,3% dos votos de cerca de seis mil sócios divididos entre o pavilhão João Rocha e o Multidesportivo de Alvalade - Marta Soares disse que o não foi de 12 por cento -, uma percentagem semelhante à aprovação do regulamento disciplinar (87,8%). Quanto à votação para a continuidade dos órgãos sociais, a percentagem de aprovação foi de 89,57 por cento.

Depois de Jaime Marta Soares, presidente da Mesa da AG, ter anunciado os resultados, Bruno de Carvalho subiu outra vez ao palco para um discurso em que pediu aos adeptos do Sporting para provarem a sua militância com o boicote dos jornais desportivos (e do "Correio da Manhã") e aos canais de televisão portugueses, fazendo ainda um apelo aos comentadores afectos ao Sporting para abandonarem os programas em que se discute futebol.

"Pediram para que fizesse alterações. Estou nessa disposição, de me expor menos, ir menos ao Facebook, mas os sportinguistas vão ter de se mobilizar naquilo que é militância. A partir de hoje não comprarmos nem mais um jornal desportivo - e incluo o Correio da Manhã. Não vejam nenhum canal portugues de televisão a não ser o do Sporting. Todos os comentadores afectos ao Sporting que abandonem os programas e que nenhum sportinguista aceite estar ao lado daquela gente. Só assim podemos ser diferentes", disse o presidente "leonino" no discurso que fechou a AG.

No final da AG, e após estas declarações, alguns adeptos tentaram agredir jornalistas à saída do pavilhão.