Ex-secretário-geral do CDS diz que na “política não vale tudo”

Lino Ramos promete dar resposta às acusações do partido a propósito da campanha em Sintra

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CDS em Sintra está em convulsão. Cristas decidiu que partido não concorreria sozinha às autárquicas LUSA/RUI MINDERICO/LUSA

José Lino Ramos, ex-secretário-geral do CDS e mandatário financeiro nacional das autárquicas, diz ser “democrata suficientemente para dar a resposta” depois de o partido lhe ter aberto um processo disciplinar por não ter feito campanha autárquica em Sintra.

Numa nota publicada no Facebook, a propósito da notícia publicada esta sexta-feira pelo PÚBLICO, Lino Ramos recorda que acompanhou “diariamente a execução financeira das campanhas do país inteiro em nome do CDS”, acrescentando que “o partido agradece” e que “na política não vale tudo”.

Lino Ramos refere que aceitou “o encargo de ter sido mandatário financeiro nacional de todas as campanhas autárquicas em nome do CDS”. Nessa condição, o dirigente é “a única pessoa dentro do partido a poder ser responsabilizada pessoalmente, criminalmente”.

Lino Ramos, que faz parte da comissão política nacional liderada por Assunção Cristas, foi alvo de um processo disciplinar enquanto presidente da mesa da assembleia da concelhia de Sintra. Entre as acusações está a de não fazer campanha autárquica – pela coligação que juntou CDS, PSD, PPM e MPT – e de ceder ficheiros de militantes para propaganda a favor do PS. Outros nove dirigentes e militantes também foram processados pelo conselho de jurisdição distrital. 

A concelhia de Sintra, num plenário realizado há cerca de um ano, pronunciou-se maioritariamente contra uma coligação nas autárquicas, tendo mostrado preferência por listas próprias. A líder do CDS, Assunção Cristas, decidiu que o partido avançaria com uma coligação com o movimento liderado pelo ex-social-democrata Marco Almeida. 

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